quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Heaven can wait



Um video muito bom de Charlotte Gainsbourg e Beck. Disco a ter debaixo de olho...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

hummm... quem sabe

Talvez reinicie este blog. Há muita musica nova para divulgar e muitos discos antigos que revisito. Não ando a ouvir tanta música como deveria, mas isso tem acontecido em favor de outras actividades tão ou mais enriquecedoras. Os discos são, até vêr, uma forma de manter algum equilíbrio mental.
A agulha não tem parado quieta mas o ritmo diminui um pouco. Até breve.

PS: Hoje à secretária trabalham comigo os vinis de Flaming Lips (Yoshimi...) e Grizzly Bear (Yellow House). Podem ser o motor de arranque da terceira fase deste blog.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Albini & Tomatillos (o que quer que isso seja)

Se não sabem quem é Steve Albini... deviam saber.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Smells like $$$$

A ideia de que Kurt Cobain vai estar no novo Guitar Hero dá-me uma certa volta ao estômago. Ao menos aparece com a sua t-shirt clássica de Daniel Johnston. A minha repousa algures numa pilha de roupa suja...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

The Daily News

Reabro este blog com três histórias musicais. Duas mortes e uma vida nova. Um pouco desequilibrado mas a tristeza sempre foi a melhor musa.
Morreu Ellie Greenwich, uma das grandes escritoras de canções deste século. Escreveu alguns dos hits das Ronettes. E toda a gente já sabe que eu sou louco por uma das Ronettes.
O blog de Sasha Frere-Jones para a The New Yorker é uma das referências obrigatórias para saber de música. Não de mp3's ou de discos que nimguém conhece. Histórias de música e de músicos. Esta semana ele fala também de Larry Knetchel, um musico de estudio. Basta dizer que o homem gravou Good Vibrations com os Beach Boys, Bridge Over Troubled Water com Simon & Frafunkel ou Tamborine Man com os Byrds. O blog tem uma história muito interessante sobre a sua vida.
Finalmente, Roxanne Shante, uma rapper dos anos 80 de que não me recordo conseguiu fazer com que a sua editora lhe pagasse os seus estudos de medicina. Parece que não sou só eu a não lêr contratos. Aparanentemente as editoras também o fazem, mesmo quando os escreveram antes.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

sexta-feira, 24 de julho de 2009

40 anos de Woodstock

Hoje é dia de instalar o meu gira-discos (que já não ligo há tempo demais!) na minha casa nova em Alfama.
Para cada ocasião especial, há um disco especial. Como forma de celebrar os 40 anos do Summer Of Love, o primeiro vinil a rodar vai ser a minha velha gravação de Woodstock. Não serão os 6 lados dos três vinis (!) , mas a partir daqui é dado o mote.
Se calhar vou aproveitar para separar os meus vinis (por ordem alfabética está fora de questão). As oito categorias que tinha pensado: 60's, Dylan, 70's, Bowie, Punk+New Wave, 80's, 90's e 00's.
Agradecem-se outras sugestões.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Tiny Vices

Não sei com que musica posso acompanhar esta foto.
Pensando bem, Charles Manson chegou a trabalhar com os Beach Boys no inicio dos anos 60.
Foto via: tv blog

domingo, 12 de julho de 2009

"White people guitar music. It fucking sucks and I hate it.”

É assim que Christopher R. Weingarten se refere aos Fleet Foxes. O homem é critico de musica para a rollingstone.com e acha que vai perder o emprego. A sua intervenção numa conferência do Twitter é muito interessante para quem consome musica.
O ponto que Chris faz é um pouco diferente do habitual, e faz sentido. A Internet é útil porque permite ao consumidor de musica um acesso ilimitado à musica que gosta. Mas ao construir comunidades fechadas que discutem a musica de forma também fechada, acaba por limitar a exposição a outras coisas que estão a acontecer.
Quando punha musica no escritório onde trabalhava no Porto, submetia os meus colegas a sessões que incluiam artistas que nunca ouviriam na rádio, leia-se Vampire Weekend, Rufus Wainwright, TV on the Radio, os primeiros mp3s dos Fleet Foxes e por aí fora. É claro que muitas das vezes a reacção inicial não era a mais favorável, mas rapidamente percebia que as pessoas podiam descobrir, e apreciar, musica que de outra forma nunca chegariam a ouvir.
Se nos ficamos pela nossa zona de conforto estamos a limitar a nossa capacidade de descoberta. É como se nos tivéssemos ficado pelo caminho terrestre para India - nunca teriamos descoberto a América. A musica funciona assim. Se há coisa que me dá algum prazer é descobrir uma banda original e diferente.
E concordo com o Chris num ponto fundamental da sua intervenção: "a multidão tem um péssimo gosto musical". É verdade. O problema é que a Internet faz com que vivamos todos no meio de várias multidões. E esse é um problema que não tem solução.
PS: Esta semana escrevi no meu Facebook que ia esperar pelo vinil dos Dead Weather. O disco está disponível num dos variados blogs que frequento. Mas, tendo lido todo o trabalho que Jack White põe em cada disco que lança, na sua editora e na sua loja de musica em Nashville, acredito que uma obra de arte é qualquer coisa que devemos apreciar e não consumir. E um disco é uma obra de arte, mais do que entretenimento. Não é uma mania por ser o gajo fanático por vinil. É optar por ver a Mona Lisa no Louvre em vez de sacar um jpeg do Google.

Candy says I hate the big decisions

Este video dos Blind Melon é um clássico.
Será possível encontrar isto em vinil?



Blind Melon - Candy Says (versão dos Velvet Underground)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

...

É claro que gosto de ti agora como no dia em que te beijei pela primeira vez.
(os outros que te tinha roubado antes não contam...)

Conor Orbest & Gillian Welch - Lua (Dark was the night, 2009)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

I know a girl who reminds me of Cher

Os Flaming Lips não são deste mundo. Nem podiam ser.


I know a girl who thinks of ghosts
She'll make ya breakfast, she'll make ya toast
She dont use butter, she dont use cheese
She dont use jelly or any of these
She uses vaseline, vaseline

The Flaming Lips - She Don't Use Jelly (Transmissions from the Satellite Heart, 1993)

BÓNUS:
Esta versão dos Guillemots para Take Me Out é como o primeiro café do dia.

Post Grátis (alerta contém chavões e estrangeirismos)

O blog de Seth Godin recolhe as suas ideias sobre o mundo na era digital (alerta: chavão). Mas de uma forma reflectida e com bastante insight (alerta: estrangeirismo). Está na minha lista de blogs a que recorro com frequência porque me põe a pensar. O que é bom dada a minha ocupação profissional. Seth é um daqueles gurus (alerta: novo chavão) da era digital (alerta: mais um e ainda por cima repetido).
O seu ultimo post fala sobre o conceito do grátis. Seth acha que grátis não é o futuro. Grátis é o presente. E ninguém quer pagar por nada que possa ter na net sem pagar. É lógico e compreensivel. O ponto que Seth sublinha é que não faz sentido lutar contra uma maré que já chegou. Temos que adaptar o barco em que navegamos. O modelo de negócio da industria de conteúdos já mudou. Há muita gente que ainda não percebeu que tem os dias contados. Claro que iremos sempre a uma loja (online ou física) comprar um frigorífico. Não é possível fazê-lo de outra forma.
A refrigeração nunca será grátis. Mas os conteúdos são. Porque qualquer um os pode produzir (não discuto a qualidade, isso é outra guerra). Eu produzo aqui no Gosto Duvidoso conteúdos grátis. Uma vez mais não discuto a sua qualidade. Mas existem. Ponho aqui musicas e vídeos que alertam os distraídos para músicos que me preenchem o dia-a-dia.
Mas eu continuo a comprar discos (apenas de vinil). Porquê? Como diria o meu colega e amigo Fernando: "tu pareces saído dos 70's". Talvez. Haverá sempre mercado para um produto enquanto alguém estiver disposto a pagar por ele. Eu não me importo de pagar por discos porque são uma fonte de satisfação.
Ninguém sabe nada sobre Free Marketing (alerta: estrangeirismo). Mas no final alguém vai sair disto tão rico como o caixa-de-óculos que inventou o MsDos ou os tipos que inventaram o Facebook no seu quarto. E não há cursos para se ser genial. O génio está na lâmpada. E há quem lhe dê um grande chuto e quem a apanhe do chão para o tirar de lá (alerta: mega chavão sem desculpa).
UPDATE: ou outro lado da questão aqui.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

I heard you on the radio. I couldn't help but smile.

Hoje trago três novidades geniais. Diga-se três dos projectos musicais que mais gostei no ultimo ano e pico. Fleet Foxes, She & Him e claro St Vincent (outra vez).
A nova musica dos Fleet Foxes foi tocada ao vivo para a BBC6. Os She & Him fizeram uma versão dos Smiths para o novo filme de Zooey Deschanel (suspiro!). Finalmente, Annie aparece no programa de Letterman. Se gostarem de alguma coisa digam. E já agora: parem de se queixar que eu deixei de escrever no blog.
Fleet Foxes - Blue Spotted Tail (ao vivo na BBC6)
She & Him - Please, please, please, let me get what I want (cover dos Smiths)
St. Vincent (ao vivo no David Letterman Show)

Como eu sou irrelevante

De repente toda o mundo musical foi fã de Michael Jackson de uma forma ou de outra. Eu tenho que admitir que nunca fui dado à sua musica. Aliás, se existiu algum momento da sua carreira que me deu alguma alegria foi quando Nevermind dos Nirvana tirou Dangerous do numero 1 nos EUA. Algures em 1991.
Não que a sua carreira e a sua musica não tenham sido relevantes. Eu é que sou o irrelevante no meio disto disto tudo. Na verdade sempre existiram outras coisas bem mais interessantes para ouvir.
É que o homem morre em 2009 mas parece que a sua carreira já tinha morrido há 20 anos atrás, e isso tem de significar alguma coisa.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

How I made millions

Estão na moda aquelas sessões de formação motivacional para yuppies como eu. Podemos às vezes pensar que são formas de tirar alguns €€€ a executivos sem imaginação. Mas às vezes resulta. Esta é a técnica que Nigel Godrich usa. Para quem não sabe Godrich é o produtor dos Radiohead e de Beck.
O conceito é simples. Quando ele não sabe o que fazer, pensa no que Trevor Horn faria. Cada um de nós podia (devia) encontrar alguém que é o guru da nossa área e pensar sempre: se ele estivesse aqui no meu lugar o que faria para ter sucesso? Simples e eficaz.
Foto via: deadairspace

Holiday songs

Acho que estas podem ser as melhores férias de sempre.
O rock em Paredes de Coura com milhares de pessoas
e esta paisagem do Alentejo só para nós.
(uma pequena compilação de Verão segue dentro de momentos)

terça-feira, 23 de junho de 2009

Someday we kiss and clung together

Este disco de Beirut ao vivo é como uma boa cerveja no miradouro da Graça, contigo ao fim da tarde. Assim tão bom.

Beirut - Brazil (Live at the Music Hall of Williamsburg, 2009)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

I'm a boy and you're a girl

Amo-te. Estamos a ouvir isto e este video é para ti.

Pensando bem...

Estava agora a pensar na banda que gostaria de ter feito parte. Curiosamente, são os Faces. Acho dificil alguém pensar que o Rod Stweart é um ícone meu. Mas o principio dos anos 70 foram fabulosos com os Faces, e também a solo diga-se.
Feel good rock, como eu lhe chamaria. Dificilmente poderia estar nos Joy Division e irradiar a sua tensão intelectual ou a agressividade primária de uns Pistols. O Dylan nunca teve uma banda...
Os Faces são perfeitos. Uma grande festa do rock. Dentro e fora do palco. Um look glam e excêntrico.
Ok. Nos Clash também. Mas isso seria outra história completamente diferente. Por agora fico-me pelos Faces.

Cos there's something in a Sunday, makes a body feel alone.

Hoje é dia de vídeos. Desta vez é Beck que resolveu gravar uma versão de um dos seus discos preferidos num dia sem ensaios prévios. Com amigos claro. The Velvet Underground & Nico parece uma escolha fácil. Esta é a primeira oferta (fico a aguardar ansiosamente por Heroin ou Venus In Furs):
PS: título do post de Kris Kristofferson (Sunday Morning Coming Down).

I hope your open sign is blinking still

O meu gosto pela música de St Vincent tem sido bem documentado aqui no blog. Agora Annie aparece nas Lake Fever Sessions em formato acústico (um registo bem diferente dos seus discos). Um presente para estes dias de calor desumano que faz aqui por Lisboa. Depois digam se gostaram.

Há mais dois videos: aqui e aqui.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Back from the dead

Não bastava a onda de entusiasmo à volta do vinil, os Dirty Projectors lançaram o seu novo álbum na velhinha cassete.
Gostava de saber onde anda a cassete dos Doors que me lançou nesta cena da musica.
Alguém tem daqueles rádios com dois decks muito em voga nos anos 80? Para oferecer claro...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

(pequeno suspiro)

I've been leaning towards a life far more caring,
thrown back through the dark with your eyes as my candles

As minhas sinceras desculpas...

Este blog não está esquecido. Está meio parado porque houve outras coisas em que pensar. Agora a minha cabeça está em Alfama. Em frente ao museu do Fado. Um sitio tipicamente lisboeta que assim é invadido por um tipo que troca os v's pelos b's.
É pequeno espaço onde ficaremos juntos e felizes. Careta, eu sei. Muito careta. Mas eu também sou assim às vezes.
Para a semana chegam os vinis dos Grizzly Bear e Dirty Projectors. Dois discos que fazem de 2009 um ano de eleição em termos musicais. Também vem 4-Track Demos da PJ Harvey, um disco antigo para a colecção.
Só um pormenor! Há poucos vizinhos por isso pode haver gira-discos à vontade. Perfeito portanto.

Procurem aqui Grizzly Bear e Dirty Projectors.

terça-feira, 2 de junho de 2009

12h no coração da baixa

Sábado este inconsciente vai tar a pôr musica pertinho dos Aliados. Vai ser um evento engraçado. À parte das 18h às 19h em que eu vou estar encarregue dos pratos. Nessa hora podem vêr uma das outras actividades que estarão à acontecer e que certamente serão mais interessantes.
Já agora enquanto selecciono os discos aproveito para encaixotar tudo. Estou prestes a dizer adeus à minha casa no Porto.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Jesus don't want me for a sunbeam

Na sua coluna semanal no Seattle Weekly, Krist Novoselic fala do amor que os Nirvana tinham pelos Vaselines. Nada mais oportuno, ontem chegou a minha cópia do vinil de Enter The Vaselines, a nova compilação desta banda da Escócia.
Como muita gente, também conheci os Vaselines através dos Nirvana. Primeiro com duas versões em Incesticide e depois com Kris a tocar aquela canção com acordeão no Unplugged. Isto instigou-me a procurar a musica original e descobri uma banda algo punk mas com uma sensibilidade pop muito forte e original.
As composições deste duo são de certa forma intemporais. Passados quase 20 anos de ter sido gravada, esta música podia aparecer hoje no myspace sem parecer datada. Aliás, é inevitável a comparação com os The Pains Of Being Pure At Heart, que sendo mais abrangentes nas suas fontes de inspiração (shoegaze?), canalizam a mesma atitude de romantismo fatal com guitarras.
Já agora, os Pains vêm a Paredes de Coura este ano. São uma nova banda a acompanhar com atenção. Os Vaselines também voltaram à estrada mas Portugal não deve fazer parte dos planos.
The Vaselines - Molly's Lips (Dying For It EP, 1988)
The Pains Of Being Pure At Heart - Young Adult Friction (The Pains Of Being Pure At Heart, 2009)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

I guess you are afraid of what everyone is made of.

Nunca pensei que não fosse ter saudades do Porto. Nunca supus pensar que o meu sítio é onde nós estivéssemos os dois. É ainda mais estranho, porque não pensava assim apenas há uns meses atrás e agora dou-me conta que as coisas mudaram. Que eu mudei. Que o mundo onde vivia roda agora à tua volta.
A única coisa que ficou foram os meus discos e um punhado de amigos. Pela borda fora foi aquela vida de loucura e/ou excesso que tinha. Ok, não toda mas uma boa parte. E sinto-me bem assim. Não fujas nunca.
The Kills - Crazy (Black Balloon EP, 2009)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

I've come to wish you an unhappy birthday

Com o passar do tempo e a irritante sucessão de aniversários, às vezes dou comigo a pensar no efeito da idade na minha existência. Coisas profundas e melodramáticas. Normalmente ao som dos Smiths ou por uma banda por eles influenciada. É fácil, são como cogumelos. Há mil versões pálidas de uma das bandas mais inteligentes, e menos psicologicamente saudáveis, de sempre.
Hoje
Morrissey faz 50 anos. Com o seu último disco demonstrou que é possível ter essa idade e continuar a fazer música relevante (ao contrário de uns Stones, por exemplo). De certa forma, Morrissey é uma figura inspiradora para encarar os próximos anos com determinação. Ia escrever optimismo, mas isso nunca foi uma das suas qualidades como se sabe.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

You got a heart so big it could crush this town

Hoje tou com esta música na cabeça..

Há dois meses passou um tornado em Lisboa. Mas só eu é que vi.

Desculpem a falta de posts. A vida corre bem e (felizmente) há outras coisas que me preenchem o tempo. Não que não desfrute de reler o que escrevo aqui. São apontamentos e ideias que revisito frequentemente. É como poder reviver o dia-a-dia numa perspectiva mais crítica.
Não sei se repararam na coluna da esquerda. Ando a acrescentar alguns dos tweeters que acompanho, mais ou menos frequentemente. St. Vincent, Edward Droste dos Grizzly Bear (e se alguém sabe o da miúda dos Camera Obscura agradecia a dica). Não vejo utilidade em ter um. O que é que eu diria do meu quotidiano? A caminho do escritório, pausa para café, cut&paste, reunião com o chefe, reunião com cliente, powerpoint, excel, o windows crashou... Podia quando muito alertar para as chegadas dos meus vinis (hoje foram os Air, o primeiro de St. Vincent e Reminder da Feist, amanhã anuncia-se a chegada da compilação dos Vaselines).
Logo ponho alguma musica. Mas não sei se vou ter tempo. Afinal, hoje faz dois meses que um tornado passou por aqui. Há que celebrar.

sábado, 16 de maio de 2009

A thing that no one else has, but you and I.

Uau, a vida às vezes parece uma montanha russa. As voltas que dá. Como podemos mudar a nossa visão das coisas. Eu não sei se vamos depressa demais. Sei que é óptimo assim e que não quero que acabe nunca.

Wilco & Feist - You and I (Wilco (the album), 2009)

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Réquiem pelo álbum

É curioso que passado 15 dias de receber o meu vinil de Dookie, os Green Day estejam prestes a editar um novo álbum. Lembro-me que, antes da era das compras online, me vi e desejei para ter este cd. A MTV passava Basket Case a toda a hora mas por cá não se passava nada. Corria o ano de 94 talvez. Passados estes 15 anos é surpreendente como os Green Day ainda são noticia. Tiveram a sua travessia do deserto, como qualquer politico que se preze, mas voltaram maiores do que nunca. Por muito que o som que produzem já faça parte do meu passado, Dookie é uma obra prima do punk moderno.
O que é ainda mais surpreendente é como os Green Day são, provavelmente, uma das bandas que melhor carrega a bandeira do álbum de rock. Se o single foi algo determinante nos anos 50/60, o álbum dominou o final do século XX. Não há nada que supere um conjunto de musicas unidas por um tema/espírito/som. Como Lou Reed diz nas notas de New York. Um álbum deve ser ouvido como se vê um bom filme. Na época do mp3, do ipod shuffle, do imediatismo, é interessante assistir aos Green Day a chegarem a um novo momento alto com dois álbuns conceptuais. Seguidos!
Posso parecer antiquado, quando falo disto desta forma, como o Velho do Restelo. Na verdade continuo a gostar de ouvir um disco do principio ao fim. E deixo-o crescer com várias audições. Daí a minha nova obsessão por St Vincent. Nunca é demais lembrar que ninguém gosta de Super Bock à primeira. Como sempre é preciso estudar a matéria para a entender. A música é mesmo assim. Um prazer redobrado quando se percebe a razão de gostar de alguma coisa.
St Vincent - Actor Out Of Work (Actor, 2009)

If we tolerate this, then our children will be next

A capa do novo disco dos Manic Street Preachers foi censurada pelos maiores hipermercados britânicos. Não sendo uma grande apreciador dos Manics, detesto o conceito da censura. Os rappers americanos glorificam a violência e o tratamento das mulheres como objectos. Isso vende, por isso aceita-se.
Os músicos brancos de rock só podem apelar à sua tradicional embriaguez e dependência das drogas. Nunca ao gosto pela arte, claro.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

You're the piece of gold that flushes all my soul

Ficar em casa agarrado a ti a ver aquela série complicada... ouvir-te queixar do teu corpo perfeito... esse doce sorriso quase envergonhado quando eu digo uma das minhas patetices... quando dizes aquele "Oh Luis..." que me deixa sem defesas...
Todas estas coisas não têm preço. Podia viver disso. Só disso, sem pão nem água.
"Here I'm alive, everything all of the time...
This is really happening."
Phoenix - Playground Love (cover dos Air)
Calico Horse - Idioteque (cover dos Radiohead)
Tudo via Rollo&Grady

quinta-feira, 7 de maio de 2009

No Alternative

O David Byrne tornou-se nos últimos anos num guru da musica alternativa/indie (escolham ou inventem uma classificação). Alguns dos grandes músicos da actualidade querem trabalhar com ele. E ele parece divertir-se muito a fazê-lo. Falo de TV on the Radio, Dirty Projectors, Bon Iver, Feist e por aí fora. Isso faz dele uma das pessoas mais influentes da cena musical, e quando ele fala, para-se para ouvir (não necessáriamente para concordar).
Já tinha falado aqui sobre uma das obras primas dos discos de beneficência (isso existe??). Não, não é o cd do No Alternative que eu guardo com afecto no Porto (e que me recorda o episódio em que eu e o Fundo Azul fomos a uma loja de discos no Brasília e no momento de pagar reparamos que não tínhamos dinheiro suficiente... nesse dia o nosso gosto musical valeu-nos um desconto do estilo "deixem cá o que têm e vão à vossa vida") . Em 93/94?
Estou a falar de Dark Was The Night, que tem sido um dos discos mais ouvidos no mp3. A minha cópia em vinil é especialmente deliciosa e também roda de vez em quando no meu quarto de Lisboa.
Num post no seu blog, Byrne, descreve como uma nova geração de músicos se dedica de forma intensa à musica que faz. Sem serem rock stars. Sem demasiadas substâncias nocivas. Só com muito talento e criatividade. Não são uma fábrica de música como seria montada por Henry Ford. Mas algo bem mais tradicional, como a senhora que passa o dia todo a fazer o seu doce de abóbora para vender na feira.
Estes são bons tempos para descobrir bandas novas a fazerem boa música. Claro que também temos os Jonas Brothers, o Eminem e os reality shows da MTV. A isso chama-se diversidade cultural e liberdade de escolha. Eu também gosto de ir ao McDonald's de vez em quando. É cómodo, é bom e não implica nenhum esforço da minha parte (infelizmente não posso dizer o mesmo do meu colesterol talvez).

(suspiro profundo)

Às vezes penso que te posso perder. Nesses momentos parece que me vou perder a mim mesmo.

Wilco e Feist - Jolly Banker (cover de Woody Guthrie)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Um raro momento de humor neste blog (ou quase)

Não é que a Apple recusa a aplicação dos Nine Inch Nails para o Iphone? Aparentemente, quem quiser comprar o Downward Spiral no Itunes está à vontade, mas a mesma música no Iphone é sacrilégio. Trent Reznor não perdeu tempo a mandar vir. Com alguma razão, diga-se. Um dos comentários no Stereogum é brilhante:

Trent wants to hurt Apple to see if they still feel
Posted by: mogmog at
05/04/09 12:00 PM

Hilariante. Ok, só para mim.

sábado, 2 de maio de 2009

Coisas que soam bem... (IX)

no meu gira-discos do Porto. Hoje encontrei o First Born is Dead em vinil a um preço de amigo.
Uau. Se o Nick Cave negro e assutador dos velhos tempos já é bom.
Nada chega ao orgasmo que é a sua interpretação de Wanted Man de Dylan (e Cash).
Procurem e ouçam. Imperdível.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Tonight we'll share the same dream, at the dark end of the street

Naqueles momentos em que me sinto mais sozinho não há como abrir uma garrafa de tinto e ouvir Cat Power. Ou os últimos discos de Dylan. Em que ele canta com uma voz velha e cansada. Transforma-se um momento que seria depressivo num exercício de reflexão. Parar para organizar ideias e seguir em frente.
Já esquecia outro dos vinis de eleição para este efeito: An American Prayer de Jim Morrison. As partes em que a sua poesia declamada é decorada por apontamentos musicais dos outros Doors. Algo que realmente funciona como um elixir de confiança. Ele senta-se ao meu lado para ouvir e sussurra-me ao ouvido que há mais coisas na vida do que damos conta. Que não somos invencíveis, mas podemos tentar.

Cat Power - Dark End Of the Street (Dark End Of the Street EP, 2009)

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Its not hard, not far to reach. We can hitch a ride to rockaway beach.

Tá na hora de me despentear, pôr o look arrumador, sacar os vinis dos Ramones e dos Blondie. Tentar esquecer as chatices que a vida nos reserva e esquecer que ela está a milhares quilómetros de mim.
Há que comprar umas cervejas e ouvir Rockaway Beach. Sonhar com uma vida no Lower East Side, ou Brooklyn, sem reuniões e sem responsabilidades. Viver de ar e vento. Dormir no CBGB's. Ser um Ramone honorário. Ser alguém diferente do costume.

terça-feira, 28 de abril de 2009

I was waiting to be struck by lightning. Waiting for somebody exciting. Like you.

Estou a apaixonar-me por este disco dos Camera Obscura. A princípio ele não me ligou muito. Como tu. Mas eu insisti e finalmente rendemo-nos um ao outro.
Não sei bem o que fazia antes quando não estávamos juntos. Eu sei que não foi assim há tanto tempo. Mas parece uma eternidade.
Acho que destilava o tempo até nada restar e dormia até ter que voltar à rotina chata do trabalho. Ou então afogava-me a ouvir discos que falavam de encontrar a pessoa certa. E agora não preciso disso. Basta ir ao teu encontro.
Camera Obscura - French Navy (My Maudlin Career, 2009)
Camera Obscura - My Maudelin Career (My Maudlin Career, 2009)

The sweetest thing

Até já.
"On the bus radio, 'Fifty ways to leave your lover alone'. I laughed at the irony."
Camera Obscura - The Sweetest Thing (My Maudlin Career, 2009)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Help, I’m alive. My heart keeps beating like a hammer.

2009 está a ser muito bom. Em todos os sentidos possíveis. Todos os dias parece que sai uma nova música que parte tudo o que veio antes. Esta versão acústica dos Metric para Help I'm Alive é fabulosa. Especialmente quando Emily Haines canta "If I stumble they're gonna eat me alive". Quase que dá para acreditar. Mais um disco a descobrir rápidamente.
Metric - Help I'm Alive (versão acústica, 2009)

Just a perfect day. I'm glad I spent it with you.

Já tinha dito que hoje era um dia especial. Foi mesmo. Não que pudessem estar lá para ver. Foi só nosso. Arranjem um dia assim para vocês.

Lou Reed - Perfect Day (Transformer, 1972)

terça-feira, 21 de abril de 2009

J.G. Ballard no Fundo Azul

O Fundo Azul refere o desaparecimento de J.G. Ballard. Um escritor influente, responsável por obras que tocaram milhares de artistas de todos os tipos: da escrita, da música, do cinema, do teatro...
O Gosto Duvidoso tenta ser um blog dedicado à musica (embora muitas vezes se estenda aos meus profundos devaneios pessoais). Por isso, nada melhor do que poder ler no Guardian um artigo sobre a influência de JGB em alguma da melhor música produzida nos últimos 40 anos.
Uma nota também para a referência, quase obrigatória, dos Radiohead ao seu falecimento no blog da banda.

Musica óbvias para acompanhar: Joy Division, Athrociy Exibition; Gary Numan - Cars

Don't you let me go, let me go tonight

Acordei às 3h30 da manhã a pensar em ti. Queria ter-te aqui comigo. Dizer-te como tem sido bom estar contigo todos os dias. Mesmo que depois, com um daqueles bonitos sorrisos envergonhados, me digas que não acreditas. Ouço Blood Bank pela milésima vez e fumo um daqueles cigarros que detestas.
Procuro a música certa para te dedicar. Esta da Lykke Li é perfeita. Como tu. Já te imagino a sorrir.

Lykke Li - Tonight (Youth Novels, 2008)

Let's stay together. You and me forever.

Há silêncios que nos gelam por dentro. Que nos deixam com medo que as coisas não são o que queremos. A paixão nem sempre nos deixa ver a realidade toda. Por isso é que se transforma em amor ao fim de algum tempo.
Ficamos a gostar do que é e não só do que parece ou queremos que seja. Eu sei que gosto de ti exactamente como és. Gosto de pensar que é recíproco. Hoje tavas a cantar Al Green. Por isso estas canções são para ti. Hoje é um dia importante.

Al Green - How can you mend a broken heart (Greatest Hits, 1975)
Al Green - Let's stay together (Greatest Hits, 1975)

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Quando eu morrer batam em latas, ponham-se aos saltos e aos pinotes.

A Pitchfork hoje apresenta a data de 9 de Setembro como o dia da morte do CD. Esta é a data de lançamento prevista para a reedição da obra completa dos Beatles em versão remasterizada. A partir daqui a versão física da musica só fará sentido para alguns tolos como eu que continuam a comprar discos em vinil e daí tiram um prazer quase sexual de limpar o disco e pôr a agulha a estalar no prato. É que ouvir vinil não é “giro”. Dá um trabalho do caraças.
Embora dificilmente esta seja uma verdade absoluta, de facto a compra de música em formato físico tem os dias contados. Por outro lado, há, e haverá sempre, bandas e discos que nasceram para o vinil.
Estes são um caso tipico desta vocação. Porque são, muito provavelmente, a banda do ano. Porque finalmente podemos confortavelmente usar o termo “superbanda” a um grupo de musicos que se junta para um projecto paralelo. Os Cream terão sido outro exemplo de “superbanda”, e recordo também os Temple Of The Dog em 91.
Durante o meu percurso de obsessivo fã de musica, já vi desaparecer as cassetes (e com elas o hábito das compilações caseiras e os Walkman da Sony que me fizeram tanta companhia). O vinil, que a certo ponto recuperei. O Minidisc, que também cheguei a ter. E finalmente o CD. Rest in Peace.
Daqui a poucos anos também o MP3 morrerá. A compressão é de baixa qualidade mesmo com altos bitrates. Não se ouvem todos os sons que a musica inclui. A mistura dos instrumentos é alterada e retira algumas das maravilhosas nuances do som, principalmente a bandas que usam uma dinámica soft/loud/soft/loud (e.g. Pumpkins e Radiohead).
O que me causa mais aflição não é a morte de mais um formato. No fim de contas o que interessa é o conteudo. É
o tipo que vai para a cabana gravar um disco sobre o seu desgosto amoroso. O tipo que vem de Marte. O tipo que redefine a musica toda em 10 lições.
Não, a minha preocupação é outra. É que eu sou da geração do CD. E não há cemitério que aguente os milhares de caixinhas de plástico que ocupam o meu apartamento do Porto. Não há mesmo.

Thank you for sending me an angel


Talking Heads - Thank You For Sending Me an Angel (ao vivo, 1977)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Please, please, please do not go

Estamos a ouvir Violent Femmes e cada vez mais me sinto apaixonado por ti. As tuas inseguranças são bonitas. O teus olhos são uma perdição. A tua presença é um Vodka Red Bull. Ok, Red Bull não é muito romântico. Mas só o facto de existires e estares comigo é um privilégio. Um sonho. Não és só bonita, dás côr à minha vida.

terça-feira, 14 de abril de 2009

And every time we turn away it hits me like a tidal wave

Os The National já tinham feito a música do ano. Fizeram-no outra vez e desta vez é uma cover dos Crroked Fingers para o álbum de aniversário da Merge Records. A colaboração de St Vincent (na foto) também ajuda muito. O novo álbum de St. Vincent também merece toda a atenção.


The National & St. Vincent - All Summer Long (Score! 20 Years Of Merge Records, 2009)
St. Vincent - The Strangers (Actor, 2009)

You've Lost That Lovin' Feelin'

Ontem o júri na Califórnia deu Phil Spector como culpado do homicídio de uma actriz americana. Aparentemente um dos seus desportos favoritos era jogar roleta russa com mulheres enquanto bêbado. Um desporto mais radical do que é necessário.
Spector, agora com 69 anos, passará provavelmente o resto da sua vida na prisão. Embora já há muito tempo que não faça nada digno de nota, a sua vida nos anos 60 e um pouco dos 70 foi realmente interessante e deu para demonstrar o seu génio na produção. Criou o Wall of Sound. Criou as Ronettes para quem escreveu e produziu alguma da melhor música de sempre. Produziu os Righteous Brothers, Ike & Tina Turner, os Beatles e os Ramones.
Dee Dee Ramone relata, num dos livros que li sobre o punk, como Spector o prendeu em sua casa durante 3 dias numa festa, sob a ameaça de uma pistola. Algum dia teria que sucumbir à sua insanidade mental.
De certa forma isto é como um obituário. Spector, a pessoa, não morreu. Mas o génio da produção sim. Lembremo-nos dessa parte da sua história e não da pessoa.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

You know that i could use somebody like you

Agora para algo completamente diferente. Já tinha dito que gostava do novo disco de Bat For Lashes. O Stereogum colocou online duas músicas muitos boas de uma sessão para a BBC Radio 1. Uma delas é uma versão dos Kings of Leon. Escuta obrigatória. Mesmo para quem não dos BFL...
Hum, já me esquecia. Hoje chegou o vinil de It's Blitz! dos YYY's. Fabuloso. Tem um feeling que os detestáveis compressores de mp3 retiram à musica. Sim, eu também tenho um leitor de mp3.
É o que hoje vamos ouvir.
Bat For Lashes - Live Lounge Radio 1 (2009) via Stereogum

L is for Love, S is for Precious

É incrivel como podemos ficar assim sem reacção. Sem saber que pensar.
Só podemos disfrutar os momentos e agarrar-nos a eles para que nunca acabem.
Não tem sido só especial. Tem sido precioso.
El Perro Del Mar - L is for Love (2009)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Been looking so long at these pictures of you.



The Cure - Pictures Of You (Desintegration, 1989)

Just a perfect day.

O teu reflexo naquele espelho enquanto pintavas os olhos deixou-me sem palavras. Durante muito tempo procurei um momento assim. Aquele look especial, as tuas doces inseguranças, o teu sorriso e aqueles olhos muito abertos e expressivos.
Tudo perfeito. Até à ultima gota dessa bonita inocência que carregas e que me deixa a cabeça às voltas.
PS: Estou em mais um daqueles miseráveis comboios que não parecem acabar. Lembrei-me desta musica do Evan Dando que vinha a ouvir ontem no carro: "All my life, I thought I needed all the things I didn't need at all".

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Até já (ou see you in a moment sweet thing).

And I shall drive my chariot
Down your streets and cry
Hey, its me, I'm dynamite
...
And you shall take me strongly
In your arms again
And I will not remember
That I even felt the pain
...
We shall walk and talk
In gardens all misty and wet with rain
And I will never, never, never
Grow so old again

Van Morrison - Sweet Thing (Astral Weeks, 1968)

terça-feira, 31 de março de 2009

Go and spread the news of Casper the friendly ghost

Afinal gostavas de Daniel Johnston e nem sabias...
Eu, como ele, temos os nossos momentos de pouca lucidez.
Os nossos diabos e a nossa paixão.



Daniel Johnston - Casper the friendly ghost (Yip/Jump Music, 1983)

segunda-feira, 30 de março de 2009

I wish this moment here forever

Desculpem mas tenho andado a viver um sonho e nem me apercebi. O tempo não passa nestas alturas.
Hoje deixo duas novidades, que provavelmente já conhecem. Os Dead Weather são a nova banda de Jack White e PJ Harvey faz mais um disco com John Parish. Ambos muito recomendáveis.
The Dead Weather - Are Friends Electric? (cover de Gary Numan, lado B single 2009)
PJ Harvey and John Parish - Black Hearted Love (A Woman a Man Walked By, 2009)
Bónus: Sophie Madeleine - Take Your Love With Me (The Ukulele Song)

sexta-feira, 27 de março de 2009

You suddenly complete me.

YYY's - Hysteric (versão acústica, It's Blitz!, 2009)

terça-feira, 24 de março de 2009

Pigs in zen. Goddamned pig.

Esta obra de arte de Christian Marclay é, nas palavras do próprio David Byrne, um sacrilégio para pessoas como eu. Mas ok, é arte. Se calhar é mesmo isso que o artista quer fazer. Mas eu não sei nada de arte. Quem sabe é o Fundo Azul.
Lembrou-me alguns jantares após o estudo durante o mestrado. O sítio onde íamos no Porto tinha velhinhos discos da Orfeu como bases para os pratos. Partia-me o coração.
Usar discos de vinil como decoração está na moda. Isso não é bom gosto. É como dar pérolas a porcos.
Imagem via David Byrne Journal. Se não sabem quem ele é não merecem viver, só sobreviver. Há concerto em Abril no Coliseu de Lisboa.
Titulo do post: "Pigs in zen" dos Janes Addiction (1987). Aqui em mp3 ao vivo em 2008.

Hi, how are you.

Neste post falei de Daniel Jonhston, do seu génio e dos diabos que o atormentavam. Um dos seus fãs foi Kurt Cobain, que há muitos anos usava uma t-shirt com a capa de uma das suas famosas cassetes.
Ao fim de tantos anos de colecção de t-shirts finalmente apareceu a oportunidade de ter uma igual a Cobain. Acresce o facto de ter conhecido a música por detrás de tudo isto e ter ficado um fã da simplicidade, e inocência, da escrita de Daniel Johnston.
A t-shirt chegou hoje dos US directamente da Worn Free (que descobri no Stereogum).
Kurt já morreu há muito tempo. Daniel está cada vez mais insano. E tudo isto só acrescenta ao valor sentimental que a mensagem de uma simples t-shirt pode ter. Um clássico.

Lucky, lucky. You're so lucky

Ontem estávamos a ouvir Otis Redding na varanda enquanto pensava em como era difícil que as coisas corressem ainda melhor. Cantam os Franz Ferdinand: "Lucky, lucky. You're so lucky".

Otis Redding - Respect (ao vivo em Londres, 1967)