Naqueles momentos em que me sinto mais sozinho não há como abrir uma garrafa de tinto e ouvir Cat Power. Ou os últimos discos de Dylan. Em que ele canta com uma voz velha e cansada. Transforma-se um momento que seria depressivo num exercício de reflexão. Parar para organizar ideias e seguir em frente.
Já esquecia outro dos vinis de eleição para este efeito: An American Prayer de Jim Morrison. As partes em que a sua poesia declamada é decorada por apontamentos musicais dos outros Doors. Algo que realmente funciona como um elixir de confiança. Ele senta-se ao meu lado para ouvir e sussurra-me ao ouvido que há mais coisas na vida do que damos conta. Que não somos invencíveis, mas podemos tentar.
Cat Power - Dark End Of the Street (Dark End Of the Street EP, 2009)
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