sexta-feira, 24 de julho de 2009

40 anos de Woodstock

Hoje é dia de instalar o meu gira-discos (que já não ligo há tempo demais!) na minha casa nova em Alfama.
Para cada ocasião especial, há um disco especial. Como forma de celebrar os 40 anos do Summer Of Love, o primeiro vinil a rodar vai ser a minha velha gravação de Woodstock. Não serão os 6 lados dos três vinis (!) , mas a partir daqui é dado o mote.
Se calhar vou aproveitar para separar os meus vinis (por ordem alfabética está fora de questão). As oito categorias que tinha pensado: 60's, Dylan, 70's, Bowie, Punk+New Wave, 80's, 90's e 00's.
Agradecem-se outras sugestões.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Tiny Vices

Não sei com que musica posso acompanhar esta foto.
Pensando bem, Charles Manson chegou a trabalhar com os Beach Boys no inicio dos anos 60.
Foto via: tv blog

domingo, 12 de julho de 2009

"White people guitar music. It fucking sucks and I hate it.”

É assim que Christopher R. Weingarten se refere aos Fleet Foxes. O homem é critico de musica para a rollingstone.com e acha que vai perder o emprego. A sua intervenção numa conferência do Twitter é muito interessante para quem consome musica.
O ponto que Chris faz é um pouco diferente do habitual, e faz sentido. A Internet é útil porque permite ao consumidor de musica um acesso ilimitado à musica que gosta. Mas ao construir comunidades fechadas que discutem a musica de forma também fechada, acaba por limitar a exposição a outras coisas que estão a acontecer.
Quando punha musica no escritório onde trabalhava no Porto, submetia os meus colegas a sessões que incluiam artistas que nunca ouviriam na rádio, leia-se Vampire Weekend, Rufus Wainwright, TV on the Radio, os primeiros mp3s dos Fleet Foxes e por aí fora. É claro que muitas das vezes a reacção inicial não era a mais favorável, mas rapidamente percebia que as pessoas podiam descobrir, e apreciar, musica que de outra forma nunca chegariam a ouvir.
Se nos ficamos pela nossa zona de conforto estamos a limitar a nossa capacidade de descoberta. É como se nos tivéssemos ficado pelo caminho terrestre para India - nunca teriamos descoberto a América. A musica funciona assim. Se há coisa que me dá algum prazer é descobrir uma banda original e diferente.
E concordo com o Chris num ponto fundamental da sua intervenção: "a multidão tem um péssimo gosto musical". É verdade. O problema é que a Internet faz com que vivamos todos no meio de várias multidões. E esse é um problema que não tem solução.
PS: Esta semana escrevi no meu Facebook que ia esperar pelo vinil dos Dead Weather. O disco está disponível num dos variados blogs que frequento. Mas, tendo lido todo o trabalho que Jack White põe em cada disco que lança, na sua editora e na sua loja de musica em Nashville, acredito que uma obra de arte é qualquer coisa que devemos apreciar e não consumir. E um disco é uma obra de arte, mais do que entretenimento. Não é uma mania por ser o gajo fanático por vinil. É optar por ver a Mona Lisa no Louvre em vez de sacar um jpeg do Google.

Candy says I hate the big decisions

Este video dos Blind Melon é um clássico.
Será possível encontrar isto em vinil?



Blind Melon - Candy Says (versão dos Velvet Underground)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

...

É claro que gosto de ti agora como no dia em que te beijei pela primeira vez.
(os outros que te tinha roubado antes não contam...)

Conor Orbest & Gillian Welch - Lua (Dark was the night, 2009)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

I know a girl who reminds me of Cher

Os Flaming Lips não são deste mundo. Nem podiam ser.


I know a girl who thinks of ghosts
She'll make ya breakfast, she'll make ya toast
She dont use butter, she dont use cheese
She dont use jelly or any of these
She uses vaseline, vaseline

The Flaming Lips - She Don't Use Jelly (Transmissions from the Satellite Heart, 1993)

BÓNUS:
Esta versão dos Guillemots para Take Me Out é como o primeiro café do dia.

Post Grátis (alerta contém chavões e estrangeirismos)

O blog de Seth Godin recolhe as suas ideias sobre o mundo na era digital (alerta: chavão). Mas de uma forma reflectida e com bastante insight (alerta: estrangeirismo). Está na minha lista de blogs a que recorro com frequência porque me põe a pensar. O que é bom dada a minha ocupação profissional. Seth é um daqueles gurus (alerta: novo chavão) da era digital (alerta: mais um e ainda por cima repetido).
O seu ultimo post fala sobre o conceito do grátis. Seth acha que grátis não é o futuro. Grátis é o presente. E ninguém quer pagar por nada que possa ter na net sem pagar. É lógico e compreensivel. O ponto que Seth sublinha é que não faz sentido lutar contra uma maré que já chegou. Temos que adaptar o barco em que navegamos. O modelo de negócio da industria de conteúdos já mudou. Há muita gente que ainda não percebeu que tem os dias contados. Claro que iremos sempre a uma loja (online ou física) comprar um frigorífico. Não é possível fazê-lo de outra forma.
A refrigeração nunca será grátis. Mas os conteúdos são. Porque qualquer um os pode produzir (não discuto a qualidade, isso é outra guerra). Eu produzo aqui no Gosto Duvidoso conteúdos grátis. Uma vez mais não discuto a sua qualidade. Mas existem. Ponho aqui musicas e vídeos que alertam os distraídos para músicos que me preenchem o dia-a-dia.
Mas eu continuo a comprar discos (apenas de vinil). Porquê? Como diria o meu colega e amigo Fernando: "tu pareces saído dos 70's". Talvez. Haverá sempre mercado para um produto enquanto alguém estiver disposto a pagar por ele. Eu não me importo de pagar por discos porque são uma fonte de satisfação.
Ninguém sabe nada sobre Free Marketing (alerta: estrangeirismo). Mas no final alguém vai sair disto tão rico como o caixa-de-óculos que inventou o MsDos ou os tipos que inventaram o Facebook no seu quarto. E não há cursos para se ser genial. O génio está na lâmpada. E há quem lhe dê um grande chuto e quem a apanhe do chão para o tirar de lá (alerta: mega chavão sem desculpa).
UPDATE: ou outro lado da questão aqui.