segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Agora sim estou destroçado e com vontade de me atirar de uma qualquer janela.

Um guilty pleasure meu é ler o site do Perez Hilton. Go figure. Mas desta noticia não estava à espera. Ela é linda e levava-me com ela para o Burkina Faso. Ele faz uns discos geniais.
E eu estou para aqui perdido em Lisboa... Life sucks sometimes...

I’m throwing my arms around all of Paris because only stone and steel accept my love.

Enquanto não apareces... escrevo sobre a nova canção de Morrisey. Neste blog já falei várias vezes sobre os Smiths. Esta é saída do álbum a publicar em Fevereiro. É genial, como a maior parte do seu output.
O concerto em Paredes de Coura foi curto, mas em Benicassim esteve no seu melhor. Os Smiths talvez não se voltem a juntar, Johnny Marr está a gravar com os The Cribs (!!!), mas é uma banda que tocou de forma especial qualquer jovem sem vida social nos anos 80. E sim, Morrisey é um egocêntrico.
Morrisey - I'm Throwing My Arms Around Paris (versão com baixa qualidade sonora)

domingo, 28 de dezembro de 2008

She looked at him and he felt a spark tingle to his bones.

Este período não foi muito dado a posts. Tava longe e não sabia o que escrever. Sábado foi dia de ficar em casa. Pela terceira, ou quarta vez, vi I'm Not There.
Esta é a musica que acompanha o divórcio das personagens de Heath Ledger e Charlotte Gainsbourg. É também de um dos meus discos favoritos de Dylan.

Bob Dylan - Simple Twist Of Fate (NY Sessions Bootleg, 1975)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Boys don't cry

I would break down at your feet
And beg forgiveness
Plead with you
But I know that It's too late
And now there's nothing I can do
Pelo menos foi o que ouvi, e cantei, a minha vida toda. Mas não é verdade.
Erlen Oye - Boys don't cry (cover dos Cure obviamente)
Ryan Adams - Cry on demand (Demolition, 2002)

Woke up on the roadside, daydreamin' 'bout the way things sometimes are.

I'm not the one you want, babe
I will only let you down.
You say you're lookin' for someone
Who will promise never to part,
Someone to close his eyes for you,
Someone to close his heart,
Someone who will die for you an' more,
But it ain't me, babe,
It ain't me you're lookin' for, babe.
Amanhã volto a casa. Para o Natal. Para esquecer quem sou e reinventar-me sem ti. Mais triste. Mas sem a frustação de estar apaixonado por ti e não te vêr.
Bob Dylan - It ain't me, babe (Another Side of Bob Dylan, 1964)

domingo, 21 de dezembro de 2008

I won't fuck us over, I'm Mr. November.

Acordo com a claridade da manhã a entrar pelo quarto. Ponho Alligator a rodar no gira-discos. Arrumo o vinho e o vinil de Bon Iver com que adormeci na noite anterior. Fumo um cigarro e faço um café. Mais um dia a enganar o tempo. Mais um dia a enganar-me a mim mesmo. Acho sempre que somos possíveis. Mas na verdade não somos.

We'll take ourselves out in the street
And wear the blood in our cheeks like red roses
We'll go from car to sleeping car
And whisper in their sleeping ears
We were here, we were here
We'll set off the geese of Beverly Road
Hey, love, we'll get away with it
We'll run like we're awesome, totally genius

The National - The Geese of Beverly Road (Alligator, 2006)
The National - Mr. November (Alligator, 2005)

sábado, 20 de dezembro de 2008

Maybe I will never be all the things that I want to be.

Maybe I just don't believe.

It was nice being in your life. Even if it was just for a second.

To hell with heartbreak. We'll get drunk with cheap wine.

Em '82 os Gang of Four cantavam "To hell with poverty, we'll get drunk with cheap wine". Muito comunistas na altura. Vi-os em Paredes de Coura há três anos na tour de reunião. Genial. Acho que ninguém mais gostou mesmo.
Hoje adapto esta mensagem que promove o esquecimento deliberado de todas as preocupações, e desgostos, em favor de um tinto do Minipreço. Uma cena tipicamente inglesa como se poderá perceber.
Gang of Four - To Hell With Poverty (Another Day/Another Dollar EP, 1982)

It's me versus you alone. We'll tag team, double up.

Está uma manhã fria e estou meio doente a ouvir Made in the dark dos Hot Chip. E a pensar em ti claro. Quem diria que uma canção sobre wrestling poderia ser uma das melhores do ano. Muito nonsense mas que causa dependência a curto prazo. Como as nossas conversas.

Hot Chip - Wrestlers (Made in the dark, 2008)
Hot Chip - Made in the dark (Made in the dark, 2008)

Hot Chip & Peter Gabriel - Cape Cod Kwassa Kwassa (brilhante versão dos Vampire Weekend)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Coisas que soam bem... (IV)

Anger can be power

Dia 22 faz 6 anos que Joe Strummer morreu. A (mais do que provável) reunião dos Clash nunca aconteceu. Ficam os discos para nos lembrar que é possivel fazer história e musica ao mesmo tempo.
Curiosamente, as imagens desta revolta de Atenas lembram-me sempre os Clash. "White Riot I wanna a riot".

The Clash - Kosmo Vinyl Introduction (Live at Shea Stadium, 2008)

The Clash - London Calling (Live at Shea Stadium, 2008)

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

That's great, it starts with an earthquake, birds and snakes, an aeroplane.

É bom quando um dia nos corre bem em todas as frentes. Fica-se satisfeito e ouve-se Document dos R.E.M..
Estas guitarras de Peter Buck são sempre clássicas, animadoras e indie. Tudo ao mesmo tempo.

R.E.M. - It's The End Of The World (and I feel fine) (Black Sessions, 2001)

Coisas que soam bem... (III)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Coisas que soam bem... (II)

If I get old, remind me of this: That night we kissed, I really meant it.

Não sei porquê esta separação repentina. Fui eu que a suscitei? Confundes-me. E mesmo assim não paro de pensar em ti.

Radiohead- A Reminder (Airbag/How Am I Driving? EP, 1998)

domingo, 14 de dezembro de 2008

Coisas que soam bem...

However far away I will always love you

Finalmente acordo e vejo o sol da manhã. Estes fins-de-semana sem limites vão ser o meu fim. Abro a janela e puxo de um cigarro. Blue Valentine de Tom Waits roda no gira-discos. É bom estar sozinho para arrumar ideias mas ao fim de algum tempo há coisas que fazem falta.
Nas ultimas semanas tenho andado diferente. Mais escondido. Começo a acusar alguma pressão e responsabilidade. Esta vida boémia também não ajuda nada.
Ontem acabei por ficar a ouvir alguns vinis antigos que aqui tenho. Horses da Patti Smith... Billy Bragg... There's a Riot Goin' On de Sly and The Family Stone... Blonde on Blonde...
Hoje é um bom dia para assentar definitivamente a cabeça nos ombros e curar aquele vinho tinto barato.
Patti Smith - Gloria: In Excelsis Deo / Gloria (Horses, 1975)

sábado, 13 de dezembro de 2008

Words can never make up for what you do

Outra pérola da La Blogotheque. Merci beaucoup.

Heaven is waiting on down the tracks

If you're ready to take that long walk
From your front porch to my front seat
The door's open but the ride it ain't free
And I know you're lonely
For words that I ain't spoken
But tonight well be free

Thunder Road é uma melhores canções de Bruce Springsteen. Um músico que aos poucos tenho vindo a descobrir. Sim, gostei de Dancing In The Dark quando tinha 7 anos como toda a gente. Ainda tenho o vinil de Born In The USA da altura. Mas de há algum tempo para cá ouvir Born To Run é uma experiência diferente. Como Nebraska e Darkness On The Edge Of Town. São muitas estradas percorridas e muitos amores impossíveis.
Esta versão é de Badly Drawn Boy. Lembro-me de o ir cumprimentar quando tocou num Sudoeste há uns anos. Ele gostou duma t-shirt que tinha na altura. Talvez a do OK Computer. Muito simpático e mesmo debaixo daquele sol abrasador nunca tirou o seu gorro de lã.

Badly Dran Boy - Thunder Road (cover de Bruce Springsteen duma compilação da revista Uncut))

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Close your eyes, close the door. You don't have to worry any more.

Hoje estou gelado aqui em Lisboa a ouvir a minha interminavel colecção de vinil do Bob Dylan. "Where are you tonight sweet Marie?" canta ele. Eu sei onde estás. Queria que estivesses comigo. Podiamos estar a aquecer os nossos corações despedaçados.
Esta musica que aqui ponho era a minha intenção. O meu desejo. Mas de boas intenções está o Inferno cheio.

Bob Dylan - I'll be your baby tonight (John Wesley Harding, 1967)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

All your love is gone. So sing a lonely song.

Tenho andado meio perdido do blog. As minhas desculpas. Às vezes há outras coisas que no atormentam e temos que lidar com elas. Outras é mesmo a preguiça claro.
Hoje chegou a caixa de singles dos Smiths em vinil. Mesmo a calhar. Está um tempo chuvoso, estou enterrado em trabalho, estou para aqui sozinho e ando desencontrado com ela. Tudo factores que conferem uma certa áurea depressiva à minhas horas em Lisboa.
Até me sinto incompreensivelmente confortável assim. A solidão sempre foi um casaco que me assentou bem. As vezes estou no meio de multidões mas com a cabeça noutro sítio. E ninguém nota.
Ontem passei por um blog com uma colectânea de versões dos Cure. E estava lá Catch a minha música favorita. Ouvia-a quando tinha 12 anos. O meu primo ofereceu-me a cassete de Hot Hot Hot. Que grande disco!
Dedicava secretamente esta canção a todas as minhas paixões juvenis. Esta e Lover Her Madly dos Doors. Nessa altura era tudo mais simples. Jim cantava "Don't you love her as she's walking out the door". E eu imaginava-a a sair da sala de aula sem sequer olhar para mim...
Complicamos a vida um pouco por cada minuto que envelhecemos. E a minha é complicada o suficiente. Imagino o Manuel de Oliveira que faz hoje 100 anos.
.
Devics - Catch (Just Like Heaven - A Tribute, 2009)
The Doors - Love Her Madly (L. A. Woman, 1971)
Bónus: Julie Peel - A Night Like This (Just Like Heaven - A Tribute, 2009)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Your photograph in my head. Always.

A Pitchfork editou mais uma lista das fotos do ano no mundo da música. Sem dúvida que 2008 ficou marcado pela envolvência política de vários artistas nas eleições americanas. Bruce Springsteen, Jay-Z, Thom Yorke são evidentemente figuras que fazem parte desta lista.
Note-se a digna excepção dos Rage Against The Machine, que fieis a si próprios, continuaram a ser contra tudo e contra todos. É bom também haver não-alinhados.
As fotos todas estão aqui.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Your love will be safe with me (II)

Hoje fiquei meia hora a ver-te ir embora. Tava a chover e só te queria nos meus braços mais um pouco. Parecia uma cena de um filme.
Depois encontrei o vinil do Bon Iver e sabia que não era meu. É teu. É o que ouço a pensar em ti. E agora vai selar o nosso encontro.

"apetecia-me pegar em ti... e levar-te para las vegas...
casar contigo numa capela com o Elvis"

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

You're the book that I have opened

And now I've got to know much more
The curiousness of your potential kiss
Has got my mind and body aching
Hoje chegou Blue Lines dos Massive Attack. Estas musicas são todas pra ti. Aliás, tudo o que faço é a pensar em ti.

Massive Attack - Unfinished Sympathy (Blue Lines, 1991)
Massive Attack - Safe From Harm (Blue Lines, 1991)
Massive Attack - Protection (Protection, 1994)
Massive Attack - Teardrop (Mezzannine, 1998)
You can free the world, you can free my mind
Just as long as my baby's safe from harm tonight

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Drowning in the sea of love...

Sim, há dias em que a loucura se apodera de nós. Pensava que era mais forte e que aguentava tudo isto. Mas não foi bem assim. Não te quero magoar.
A
Stevie Nicks consegue escrever as musicas mais lindas sobre corações aos pedaços e amores longínquos. Mesmo a calhar.

Fleetwood Mac - Dreams (Rumours, 1977). '77 foi um ano de nascimentos importantes...
Fleetwood Mac - Sara (Tusk, 1979)
Fleetwood Mac -
Landslide (Fleetwood Mac, 1975)

sábado, 29 de novembro de 2008

Thunder only happens when its raining

Ia começar por te dizer como acordei as 7 a pensar em nós e e que se calhar não vamos ficar juntos. A pensar que a vida tem formas estranhas de nos fazer chegar a quem gostamos. Que estive na cama sozinho a perder algumas lágrimas por ti.
Não é fácil estar a 300km de ti. Mas essa não é a parede que nos separa, pois não? Separa-nos algo bem mais importante. Tens uma vida além de mim.
Eu é que sou o Lone Ranger. E cheguei sozinho no meu cavalo, à cidade do Oeste, para ficar com a miúda que trabalha no salloon. A diferença é que eu não vou embora no fim filme. Em direcção ao sol poente como o Lucky Luke.
Este vai ser um fim-de-semana longo e chuvoso por aqui.

Neil Finn & Friends - Don't dream it's over (Seven Worlds Collide, 2001)
"I'm counting the steps to the door in your heart."

Neil Finn & Friends - There is a light that never goes out (Seven Worlds Collide, 2001)
"And if a double-decker bus crashes into us, to die by your side is such a heavenly way to die."

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Magical Mistery Tour

When your feet decide to walk you on the wayward side
I will turn, I will turn your tide.

Mágico.

Glasvegas - Geraldine (Glasvegas, 2008)

Your love will be safe with me

Esta cabeça anda feita num oito. Esperei por ti mas o cansaço não me deu as as tréguas que precisava.
Acordo a meio da noite a pensar que estou contigo, só para vêr uma mensagem que te posso perder e que não apareci quando precisavas.

Bon Iver - Flume (For Emma, Forever ago, 2008)
Bon Iver - Lump Sum (For Emma, Forever ago, 2008)
Bon Iver - Re: Stacks (For Emma, Forever ago, 2008)
Um disco que me põe nas nuvens e a pensar em ti. E que tenho ouvido muito por isso.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Faraway, so close

Acho que ires embora não é o pior de tudo. Vais dar a volta por cima. O que me tira mesmo o sono é saber que podíamos (podemos ainda) ser alguma coisa especial. Não sei o quê. Mas seria especial. E agora se calhar fica mais dificil. Fico à tua espera.
E isto não é uma despedida é só um suspiro grande de quem já tem saudades.

Ando a ouvir o disco novo de Kanye West. Não tem nada a haver com o meu gosto habitual, mas ficam aqui uma, duas, três musicas. É mesmo bom o raio do disco.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

I Luv You (I don't think you care)

Esta faz parte da compilação que fiz. Era suposto ser a primeira a ouvir...

A mania das listas de fim d'ano

Esta lista é só dos dez melhores discos que comprei em vinil. São todos bons por isso não é bem uma lista dos melhores do ano. Mas isso é só para me armar em esquisito.

1. Fleet Foxes - Fleet Foxes (try)
2. She & Him - Volume One (try)
3. Beck - Modern Guilt (try)
4. Nick Cave & The Bad Seeds - Dig!!! Lazarous Dig!!! (try)
5. TV on the Radio - Dear Science, (try)
6. Bob Dylan - Tell Tale Signs (Bootleg Series Vol 8) (try)
7. The Last Shadow Puppets - The Age of the Understatement (try)
8. Vampire Weekend - Vampire Weekend (try)
9. David Bowie - Live Santa Monica 1972 (try)
10. The Raconteurs - Consolers of the Lonely (try)

A compilação do ano (sem contar com a de Dylan que é de material inédito) vai ser a caixa de singles dos Smiths que está para sair em Dezembro. Esperemos que a Amazon me faça chegar cá a tempo do sapatinho.

domingo, 23 de novembro de 2008

Keys to your heart

Já te disse que um dia vou encontrar a chave da tua caixinha de musica? Lá dentro vai estar a bailarina a rodar e tudo. Em vez daqueles pianos de corda, vai dar os Foundations ou as Ronettes. É uma questão de tempo.

The Foundations - Build me up buttercup (single, 1968)
The Ronettes - Be my baby (single, 1963)

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Small is beautiful

Less is more. A simplicidade é uma virtude. Os chavões são uma grande chatice.
Por muito que o segunda parte do disco de Dylan ao vivo no "Royal Albert Hall" tenha um dos melhores sons rock algumas vez feito. E que a The Band seja um elenco de suporte de luxo, claro. Isso não impede que a sua performance de Visions of Johanna, apenas com a sua guitarra e harmónica, ponha os cabelos em pé ao mais frio dos mortais.
É claro que ficas bonita assim. Sem os sete instrumentos. Porquê a banda toda se o som que inspiras é assim tão sedutor?

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

I told you when I came I was a stranger

É interessante conhecer pessoas novas em sítios improváveis. Começar conversas do nada. Sem saber se existe algo em comum. Apenas pelo prazer de descobrir. Sábado foi uma noite dessas. E deu para conversar a noite toda.
Hoje o disco dos Killersonline. Não tendo ficado demasiado impressionado com os primeiros singles que foram aparecendo, não deixa de ser motivo de curiosidade. Era estúpido fazer o upload para aqui. Procurem nos torrents.

Vashti Bunyan & Max Richter - Martha my dear (cover dos Beatles, Mojo presents: The White Album)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Tell me about your dreams and heartaches

Hoje estava a pensar no que seria o meu emprego de sonho. Acabei com uma pequena lista (tudo coisas para as quais não possuo nem habilitações, nem jeito, na verdade):

1. Roadie dos Led Zeppelin nos anos 70
2. Cameramen na Factory de Warhol nos anos 60
3. Barmen do CBGB's 74/84
4. Porteiro da Haçienda em Manchester nos anos 80
5. O tipo que afina as violas de Dylan (qualquer ano, qualquer lugar)

A ordem é quase aleatória. Como estes, podia lembrar-me de um milhão de outros empregos de sonho. É importante gostar do que se faz, para se fazer bem. Eu gosto. Mas há sempre coisas nos fazem sonhar acordados e estas são algumas delas.
Vampire Weekend - Oxford Comma (versão acústica, The Kids Don't Stand a Chance EP, 2008)

domingo, 16 de novembro de 2008

The angels were singing

Até quarta. Quando aqui voltar. Até lá ficam com os Fleet Foxes. Soberbo.

Fleet Foxes - A Take Away Show from La Blogotheque on Vimeo.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Jingle Bells

Parecendo que não... o Natal está à porta. A minha prenda está aqui. É só licitar.
White Album dos Beatles edição numerada nº5 (as primeiras quatro foram dadas à banda).

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Farewell. The sky is on fire and I must go.

Morreu Mitch Mitchell. O baterista da Jimi Hendrix Experience. Uma banda que não era deste mundo. Por isso aos 61 anos Mitch foi para casa.
Do YouTube trago os Dirty Mac. Uma superbanda constituida por Mitch, John Lennon, Eric Clapton e Keith Richards (no baixo!). A maior banda de sempre? Talvez. Mas só aconteceu para o Rock'n'Roll Circus dos Stones. Puro blues.


"Yes I'm lonely wanna die. If I ain't dead already, girl you know the reason why."

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Pure frustration face to face

Há dias assim. São como o alto mar. Vagas que passam por mim e eu tento não naufragar. Tu confundes-me. Eu confundo tudo o que temos. E mesmo assim não consigo parar.
Eu sei que não podes. Sei que talvez queiras. Sei o que quero. Mas não sei como fazê-lo ou dizê-lo.
Foi bom saber que estás mais contente. Muito bom. Mas hoje não sou boa companhia.

Jesse Malin - You can make them like you (On your sleeve, 2008)
"When you get tired of your boyfriend's scene, there's always scenes."

I've been locked inside you heartshaped box for weeks

Hoje é dia do vinil! São todos ok. Mas hoje é especial. Os meus amigos da Soundstagedirect fizeram-me chegar uma encomenda há muito aguardada. De Doylestown, Pensilvania. O pacote trazia:
Nirvana - In Utero (1993)
The Postal Service - Give Up (2003)
The Cramps - Off the Bone (1983)
The Libertines - The Libertines (2004)

E o grande prémio... os ultimos cinco volumes da Bootleg Series de Dylan. Mais de vinte discos do génio para eu não precisar de ver a luz do dia por meses a fio. Só não o faço por saudades dela.

Christopher O'Riley - Heart-Shaped Box (cover instrumental dos Nirvana)
Jonna Lee - The District Sleeps Alone Tonight (cover dos The Postal Service)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

It's bound to melt your heart. For good or for bad.

Da mesma forma que ouvir o Blonde on Blonde me aquece neste quarto frio. Também tu me envolves cada vez mais numa grossa manta de desejo.

Jenny Lewis and The Watson Twins - Melt Your Heart (Run Rabbit Run, 2006)

(suspiro interminável)

Queria escrever sobre musica mas tu não deixas. Não me sais da cabeça. Todas as canções me lembram de ti. Fico o dia todo a aguardar a hora em que falamos da loucura das nossas vidas.
Queria dizer tudo mas quando estamos juntos, mas não me sai nada. Também sei que há coisas que não podem ser ditas. Pelo menos agora não.
Estou a ouvir Brian Eno. Musica com névoa. A vêr se a tua imagem não assombra tanto o meu pensamento.
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Brian Eno - By This River (Before and after the science, 1977). Uma velhinha edição em vinil que tenho.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

But are you ready to be... heartbroken?

Hoje descobri Let's Get Out Of This Country dos Camera Obscura. O vinil estava à minha espera na Louie Louie. Um dos meus discos preferidos de 2007.
Faz lembrar Belle and Sebastian. A voz de Tracyanne Campbell é de uma doçura incomparável. Vi-os nos Sudoeste desse ano. A versão de Supertrooper dos ABBA foi mesmo o ponto alto.
Está mesmo bem para mim hoje. Como ela também estou "..ready to be heartbroken". Porque é isso que me acontece sempre. E desta vez também vai ser assim.

Camera Obscura - Lloyd, I'm ready to be heartbroken (Let's Get Out Of This Country, 2006)
Camera Obscura -
Supertrooper (versão dos ABBA gravada para a BBC, 2007)

domingo, 9 de novembro de 2008

Panic... in the streets of london!

São 6 da manhã e tou sem substantivos que definam o que se tem passado.
Ainda assim há um verbo: gostar.
Beijos. Dorme bem.

Razorlight - Wire to wire (Slipway Fires, 2008)

Spoon - Panic (cover dos Smiths)

Será que esta musica compensa aquelas mensagens desinspiradas?

Panic! at the disco - Valerie (cover da Amy Winehouse que por sua vez era uma cover dos Zutons)

sábado, 8 de novembro de 2008

Betty when you call me, you can call me Al

Já não vejo a minha de colecção de 45rpm há muito tempo. Dela faz parte uma edição original de Call Me dos Blondie. Com uma dedicação de bom aniversário por trás. Datada de 81 acho eu. Acho que dei 2€ por aquilo na Feira da Vandoma (Banduôma como dizemos por lá).
Em dias de festa vou buscá-lo e ponho-o a rodar com o sem bem alto. Até a vizinha da frente chamar a polícia claro. Depois continua-se noutro sitio qualquer.

Blondie - Call Me (single, 1980)
Jens Lekman - You can call me Al (cover de Paul Simon, 2007?)
(Betty não há Panic aqui e pronto!)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

If you get tired of your boyfriend's scene... there's always other scenes

Os Born Ruffians são uma banda que navega pelos blogs há já algum tempo. Este novo single é muito muito bom. E a voz parece algo entre o Gordon Gano e o Don McLean. Para ouvir já.
Hoje há Nouvelle Vague e a noite toda de Lisboa para descobrir.

Born Ruffians - I need a life (I need a life EP, 2008)
Born Ruffians - Hummingbird (versão semiacustica, I need a life EP, 2008)

E talvez também descubra Oeiras. Se quiseres claro.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Tou bem... tenho-te a ti e ao porto!

... e os Pogues tocam no gira-discos:
"I kissed my girl by the factory wall. Dirty old town."
The Pogues - A pair of brown eyes (como os teus. não desistas da vida!)

Hope of deliverance

Espero que esta cena do Obama não nos caia toda em cima. Habituei-me a vêr Thom Yorke e outros, como outsiders da política mainstream. Com consciência e opinião mas sem a parte do endorsement. Desta vez quem tem um pingo de reformismo no sangue tem a cabeça no cepo pelo homem. Haja esperança.
A verdade é que por cá não se vê pessoas de côr a não ser no desporto. E nas obras. Haja ainda mais esperança cá para que tudo mude. Mas nós não temos o Obama. Temo-nos uns aos outros.
.
Adam Green - Born To Run (cover de Bruce Sprinsteen, 2008?)
PS: Este post está cheio de palavras inglesas. As minhas desculpas pelas minhas deficiências ao nível do léxico nacional.

Há verdades que a própria verdade desconhece

I'm stuck here getting misty over you
I'm alone on a bicycle for two

Não tens razão. És boa companhia, para o café e para conversas sem fim. Eu é que sou sisudo e muito commited. Mas só às vezes. Esta música é para ti. Não tenho Panic!. Não é o meu estilo.

She & Him - Blackhole (Volume One, 2008)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

You run with the devil

Tens um pouco do diabo na alma e o sol todo nas sardas da cara...
Que me queres? E que pode um pobre como eu dar-te que já não tenhas?
Fleet Foxes - Your Protector (Fleet Foxes, 2008)

With your feet in the air and your head on the ground

Try this trick and spin it.

Ás vezes parece que andamos a sempre a fazer ginástica e contorcionismo. Só para chegar a algum lado. Alongamentos tudo bem. Mas para quê conseguir chegar com o pé direito à orelha esquerda?
Esta é mais uma daquelas metáforas ridículas com que eu me entretenho a pintar o quotidiano. O que interessa é a musica. Roda agora Come On Pilgrim dos Pixies. Chegou hoje pelo correio, em vinil. Lembrei-me de uma versão genial de Bowie para Cactus mas não a encontrei na net. Sei que está no meu cd do Heathen algures numa caixa no Porto.
Um abraço ao Baldaia que os tem/tinha como banda favorita. E os Cure também, não era? Vê-se mesmo que fomos teenagers no fim dos 80's. Juntei também os Bauhaus porque a onda era a mesma. Um pouco mais negra talvez.

Pixies - Where is my mind (Come On Pilgrim, 1987)
Bauhaus - Crowds (b-side do single Telegram Sam, 1980)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

President Gas

you can really move it all
you have to vote and change
you have to get right out of it
like out of all this mess
É dificil imaginar que esta canção dos Psychedelic Furs foi editada há 26 anos. Estava agora a ouvir uma colectânea que tenho em vinil e, logo hoje, deparei-me com esta letra. Embora muito provavelmente seja sobre Margaret Thatcher.

The Psychedelic Furs - President Gas (Forever Now, 1982)

The Psychedelic Furs - All That Money Wants (All of This and Nothing, 1988)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O Jared Leto não é lá muito fixe mas ok. São gostos e não se discutem...

A vida é para ser levada a 100 à hora. Sem parar para nada. Há tanto que fazer. Tanta gente para conhecer. Porque é que só nos aconselham a parar?
Não quero ter trinta e viver como se tivesse cinquenta. Antigos são os meus discos de vinil e nem a esses dou muito descanso...

Kings Of Leon - Sex on fire (By the night, 2008). Single do ano.
Benji Hugues - Mummy (A Love Supreme, 2008). Disco do ano II.
TV on the radio - Golden Age (Dear Science,, 2008). Disco do ano III.
Links removidos a pedido.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

(suspiro longo)

Cada dia que passa estás mais bonita. Sim, tu. Nem aqui deves vir...

Fleet Foxes - White Winter Hymnal (2008, Fleet Foxes). Disco do ano.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Let your arrow flow

Sentirmo-nos sozinhos é como viver sem música. Sem nada que nos arrepie e nos mova. Hoje estou a ouvir Sam Cooke e as suas baladas dos anos 60 trazem algum sol a um dia cinzento e chuvoso.
Especialmente Cupid. Uma canção tão simples como bonita. Mesmo sem saber o destino da seta, dou comigo a cantar:
Cupid draw back your bow
And let your arrow flow
Straight to my lover's heart for me

Sam Cooke - Cupid (single, 1961)
Amy Winehouse - Cupid (Back to Black Deluxe Edition, 2007)
PS: o original é bem melhor.

domingo, 26 de outubro de 2008

Let's talk about sex

Um professor de Religião & Moral passa o Kids na sala de aula. Fala-se de SIDA e de SEXO. Dois ou três pais escandalizam-se. Os jornais fazem eco da coisa mas a terra continua a girar.
Não sendo um filme puramentre educativo, faz mais pela prevenção da doença do que muitos sermões de Domingo. Que optam por esquecer e fechar os olhos à realidade. Como se nada acontecesse.
Links de musica removidos pelo papão. Coisas de míudos.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Digital Millennium Copyright Act, Obama mete-me lá uma cunha.

Recebi a visita informática do Mr Smith do Matrix. Pelos vistos não posso pôr online musica para cerca de 20 pessoas sacarem. É crime. Estou arrependido e só hoje vou rezar 10 Avé-Marias. Amanhã depende da hora a que acordar.
Se alguém conhecer alguma cena para colocar musicas online, e quiser partilhar comigo, óptimo. Se não continuarei a fazer como o costume. Escrever posts metafóricos e algo chatos. Eu sei o que faço.
Enquanto escrevo o meu gira-discos toca musicas de Johnny Cash. Sobre prisão claro.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ride the big one

A minha vida parece cada vez mais uma daquelas manhãs frias dedicadas ao surf na praia de Matosinhos. Não sei como são na realidade. Não sei nada de surf. Mas passo por lá às vezes e imagino.
Nesta altura estou na crista da onda. Boas notícias profissionais. Sucesso académico. Bons amigos. Bons discos. E até tou mais magro.
Mais do que rejubilar e apreciar, aguardo com alguma apreensão o momento em que a onda se irá desfazer. Como acontece a todas as ondas. Vai ser preciso saber sair dela sem me afogar. E voltar a nadar para apanhar a próxima. A vida também é assim. Pelo menos a minha.
Como diria Notch Johnson com a sua bela mensagem de fecho: "Ride the big one!"
Pensei em colocar aqui bandas com cheiro a surf. Beach Boys (óbvio), Ramones (menos óbvio) ou Cramps (não sei bem porquê). Fica para mais logo.
(UPDATE) Aqui ficam:
Ramones - Surfin' Bird (original dos The Trashmen, Rocket to Russia, 1977)
The Cramps - Surfin' Dead (The Return of The Living Dead OST, 1985)
Beach Boys - Do It Again (20/20, 1969)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Menina Mª José recebi a sua carta

A arca onde deposito os meus discos em Lisboa contém uma carta que reza assim:

“Lisboa, 22 de Julho de 1936

Menina Mavilia,Recebi o seu postal vi o que dizia fiquei triste au ver que não bastava uma coiza para afazer sufrer senão também os dentes, estou ancióza por saber se está milhor e o que diz o médico da sua terra, pudendo ser peço á menina que me diga como vai se está milhor, que Deus queira que sim.

Maria Jozé da Costa”

Mas se sabia que esta arca, abandonada à minha porta, serviria para guardar também as minhas lembranças do vinil. Bem recentes por comparação.

Bem-haja Menina Mavilia, as melhoras do seu sincero amigo. E, já que está por aí, agradeça a arca à Menina Maria Jozé. Esta música é para V. Exas.

(A musica do Beirut foi retirada porque recebi um aviso daqueles advogados cinzentões de NY)

PS: Não tenho música de 1936. Mas a Wiki diz que neste ano em nasceu Buddy Holly. Genial.

domingo, 12 de outubro de 2008

O que é nacionalizado é bom

Não deixa de ser irónico que pelo menos numa coisa estivemos 30 anos à frente do resto do mundo. Em 75 nacionalizámos tudo o que mexia. Bush, Brown e Sarkosy chegaram atrasados. Se quiserem damos lições.
Passados uns bons vinte anos, naquele mercado que hoje é visto como o "criminoso", o culpado desta crise, deu-se a (alguns) portugueses uma amostra das virtudes do capitalismo. Fez-se dinheiro com as privatizações.
Hoje, parece que podemos estar para fechar um ciclo. O estado-providência quer segurar o buraco financeiro criado pela irresponsabilidade de um capitalismo desregulado. Por muito que se aponte o dedo aos "produtos tóxicos" que criaram toda esta situação, a questão volta sempre a ser a natureza humana. Os pecados capitais de Tomás de Aquino.
São sete, e sete se sentaram à mesa com os senhores do dinheiro. Que bela ceia para Da Vinci pintar.

Bob Dylan - Masters of War (The Freewheelin' Bob Dylan, 1963)
PS: curiosamente, no gira-discos atrás de mim Ian Curtis canta "God in wisdom took me by the hand...". Nas mãos de Deus, depois do pecado (do) capital.

sábado, 11 de outubro de 2008

Na casa de Irene, a tristeza se vai.

Este não é o melhor momento para escrever. Nem para pensar. Gosto de estar aqui e gosto deste equilíbrio de certa forma insano. Nem muita festa, nem pouca, nem solidão. É uma casa. Longe de casa.

Bob Dylan - Mississipi (Tell Tale Signs, 2008) PS: Tina, bate o Devendra todos os dias.

Dylan nunca é lembrado por nada a seguir a 75. Muito injustamente. Fez dos melhores discos dos últimos anos, três deles!... Melhor ainda que Cash no final da carreira. Dylan é mesmo intocável. Ouvir esta nova colectânea de outtakes é como encontrar uma caixa de pérolas enquanto se mergulha no mar da música.