A Pitchfork hoje apresenta a data de 9 de Setembro como o dia da morte do CD. Esta é a data de lançamento prevista para a reedição da obra completa dos Beatles em versão remasterizada. A partir daqui a versão física da musica só fará sentido para alguns tolos como eu que continuam a comprar discos em vinil e daí tiram um prazer quase sexual de limpar o disco e pôr a agulha a estalar no prato. É que ouvir vinil não é “giro”. Dá um trabalho do caraças.
Embora dificilmente esta seja uma verdade absoluta, de facto a compra de música em formato físico tem os dias contados. Por outro lado, há, e haverá sempre, bandas e discos que nasceram para o vinil. Estes são um caso tipico desta vocação. Porque são, muito provavelmente, a banda do ano. Porque finalmente podemos confortavelmente usar o termo “superbanda” a um grupo de musicos que se junta para um projecto paralelo. Os Cream terão sido outro exemplo de “superbanda”, e recordo também os Temple Of The Dog em 91.
Durante o meu percurso de obsessivo fã de musica, já vi desaparecer as cassetes (e com elas o hábito das compilações caseiras e os Walkman da Sony que me fizeram tanta companhia). O vinil, que a certo ponto recuperei. O Minidisc, que também cheguei a ter. E finalmente o CD. Rest in Peace.
Daqui a poucos anos também o MP3 morrerá. A compressão é de baixa qualidade mesmo com altos bitrates. Não se ouvem todos os sons que a musica inclui. A mistura dos instrumentos é alterada e retira algumas das maravilhosas nuances do som, principalmente a bandas que usam uma dinámica soft/loud/soft/loud (e.g. Pumpkins e Radiohead).
O que me causa mais aflição não é a morte de mais um formato. No fim de contas o que interessa é o conteudo. É o tipo que vai para a cabana gravar um disco sobre o seu desgosto amoroso. O tipo que vem de Marte. O tipo que redefine a musica toda em 10 lições.
Não, a minha preocupação é outra. É que eu sou da geração do CD. E não há cemitério que aguente os milhares de caixinhas de plástico que ocupam o meu apartamento do Porto. Não há mesmo.
Embora dificilmente esta seja uma verdade absoluta, de facto a compra de música em formato físico tem os dias contados. Por outro lado, há, e haverá sempre, bandas e discos que nasceram para o vinil. Estes são um caso tipico desta vocação. Porque são, muito provavelmente, a banda do ano. Porque finalmente podemos confortavelmente usar o termo “superbanda” a um grupo de musicos que se junta para um projecto paralelo. Os Cream terão sido outro exemplo de “superbanda”, e recordo também os Temple Of The Dog em 91.
Durante o meu percurso de obsessivo fã de musica, já vi desaparecer as cassetes (e com elas o hábito das compilações caseiras e os Walkman da Sony que me fizeram tanta companhia). O vinil, que a certo ponto recuperei. O Minidisc, que também cheguei a ter. E finalmente o CD. Rest in Peace.
Daqui a poucos anos também o MP3 morrerá. A compressão é de baixa qualidade mesmo com altos bitrates. Não se ouvem todos os sons que a musica inclui. A mistura dos instrumentos é alterada e retira algumas das maravilhosas nuances do som, principalmente a bandas que usam uma dinámica soft/loud/soft/loud (e.g. Pumpkins e Radiohead).
O que me causa mais aflição não é a morte de mais um formato. No fim de contas o que interessa é o conteudo. É o tipo que vai para a cabana gravar um disco sobre o seu desgosto amoroso. O tipo que vem de Marte. O tipo que redefine a musica toda em 10 lições.
Não, a minha preocupação é outra. É que eu sou da geração do CD. E não há cemitério que aguente os milhares de caixinhas de plástico que ocupam o meu apartamento do Porto. Não há mesmo.
1 comentário:
Deve ser a primeira pessoa que tenho o conhecimento que também utilizou Minidisc... a mim o gravador Minidisc faz-me muito jeito.
A verdade é que o avanço da tecnologia deixa para trás gerações que recordámos ao longo do tempo com alguma nostalgia.
Quanto ás caixinhas de plástico, existe sempre um ecoponto perto de si :)
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