quarta-feira, 9 de julho de 2008

Ponto (quase) final

Está na hora da mudança para a capital. Como já disse antes: A new a career in a new town. Durante algum tempo não vai haver posts, nem musica. Talvez até volte com um blog novo. Título já existe.
Como ponto (quase) final deixo-vos ficar com cinco musicas absolutamente imprescindíveis. Escolhas óbvias e sem grandes surpresas. Assim espero.
Bob Dylan: Like a rolling stone (1965). A minha obsessão por Dylan começou há 12/13 anos. E ainda continuo, diáriamente, a tentar assimilar a sua obra. Como quem lê a Bíblia todos os dias. Há tantos períodos diferentes, tantas sonoridades, que acho que podia passar a vida toda a ouvi-lo. E é isso que faço.
Joy Division: Love will tear us appart (1980). O meu irmão é que me mostrou os Joy Division. Aliás foi ele que criou as bases para eu poder conhecer, e gostar, de toda a música que ouço hoje. Doors... Pistols... Bauhaus... Clash... Lou Reed... a Rádio Cultura nos anos 80... A partir daí podia ouvir tudo. E foi um pouco o que fiz.
David Bowie: Ziggy Stardust (1972). A primeira musica de Bowie de que lembro é Blue Jean e do teledisco, hoje um pouco patético, dele no palco com o holofote. Tinha 8 ou 9 anos talvez? Em 91 comprei um colectânea de Bowie num aeroporto na Bélgica. Trazia todos os clássicos e foi o início de um casamento. Gostei logo do período glam. E mais tarde dos discos de Berlim.
Beach Boys - God only knows (1966). O meu amigo Ricardo tinha uma colectânea dos Beach Boys em vinil. Tinhamos 12 anos talvez. É claro que a musica do surf, dos carros e das miúdas era apelativa. Mais tarde comprei Pet Sounds. Um daqueles discos que aparece no top 10 em todas as listas dos melhores de sempre. É um monumento à escrita e à produção musical. Fez os Beatles escreverem Sgt Peppers.
Adriano Correia de Oliveira - Canção com lágrimas (1970). O meu pai fazia-nos ouvir penosas sessões de fado de Coimbra nas longas viagens para a Régua. No tempo em que demorava 3 ou 4 horas a passar as intermináveis curvas do Marão. Nunca liguei muito à musica mas algo deve ter ficado. A verdade é que enquanto andei na faculdade me embrenhei bastante no fado e seguidamente nas baladas e na canção de intervenção. As obras de Adriano e Zeca são da melhor musica portuguesa de sempre. Mas, neste mundo politicamente correcto, é sempre mais fácil, e conveniente, glorificar pessoas sem opiniões e sem ideologia. Vide as Amálias e Eusébios deste mundo...
Isto é um pouco da minha história. Esta, ou outra diferente, segue dentro de momentos. Até já.

2 comentários:

Anónimo disse...

estou a espera do resto.

Mexicano em Praga disse...

Obrigado! So encontrei referencias ao Carlos Te (e um poema dele). Nao tenho cedilhas nem acentos, e um bom exercicio ;).

Abraco!