Sexta à noite a Casa da Música teve grandes concertos. Os Young Marble Giants foram irrepreensiveis. Os Vampire Weekend puseram muita gente a dançar. Os These New Puritans mostraram uma energia cujo disco não auspiciava.
No entanto, não fosse a indesejável organização, cuja burocracia foi típicamente copiada de uma repartição de finanças, a coisa poderia ter sido ainda melhor.
- "Não pode tirar fotos".
- "Não pode gritar para o palco nem dançar nestas cadeiras desconfortáveis."
- "Se quer beber tem de preencher a requisição no 2º andar."
- "A requisição branca só serve no bar 2 e 4. Para o bar 5 e 6 é uma azul."
- "Por favor aninhe-se ai à frente do palco enquanto encontro o seu lugar nestas filas de cadeiras de numeros imperceptiveis no escuro". A isto eu assisti.
Isto não é rock'n'roll. É suicidio. Dizia o Bowie.
Às vezes não sabemos se estamos a ver concertos rock ou se estamos na loja de porcelanas. A casa é da musica da mesma maneira que a Casa das Tortas é dos pasteis de chaves. O nome não diz sempre tudo.
Esta semana a colheita de discos de vinil trouxe:
- Murmur e Reckoning dos REM (1983 e 1984 respectivamente)
- Bona Drag de Morrisey (1990)
- Franks Wild Years de Tom Waits (1987)
- Close To The Bone dos Tom Tom Club (1983)
- Speaking in Tongues dos Talking Heads (1983)
- Power Corruption & Lies dos New Order (1983)
- The Stone Roses dos Stone Roses (1989)
- Sound Affects dos Jam (1980)
Discos da Retroparadise e daquela loja fantástica do Chico no 1º andar do Artes em Partes.
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