terça-feira, 31 de março de 2009

Go and spread the news of Casper the friendly ghost

Afinal gostavas de Daniel Johnston e nem sabias...
Eu, como ele, temos os nossos momentos de pouca lucidez.
Os nossos diabos e a nossa paixão.



Daniel Johnston - Casper the friendly ghost (Yip/Jump Music, 1983)

segunda-feira, 30 de março de 2009

I wish this moment here forever

Desculpem mas tenho andado a viver um sonho e nem me apercebi. O tempo não passa nestas alturas.
Hoje deixo duas novidades, que provavelmente já conhecem. Os Dead Weather são a nova banda de Jack White e PJ Harvey faz mais um disco com John Parish. Ambos muito recomendáveis.
The Dead Weather - Are Friends Electric? (cover de Gary Numan, lado B single 2009)
PJ Harvey and John Parish - Black Hearted Love (A Woman a Man Walked By, 2009)
Bónus: Sophie Madeleine - Take Your Love With Me (The Ukulele Song)

sexta-feira, 27 de março de 2009

You suddenly complete me.

YYY's - Hysteric (versão acústica, It's Blitz!, 2009)

terça-feira, 24 de março de 2009

Pigs in zen. Goddamned pig.

Esta obra de arte de Christian Marclay é, nas palavras do próprio David Byrne, um sacrilégio para pessoas como eu. Mas ok, é arte. Se calhar é mesmo isso que o artista quer fazer. Mas eu não sei nada de arte. Quem sabe é o Fundo Azul.
Lembrou-me alguns jantares após o estudo durante o mestrado. O sítio onde íamos no Porto tinha velhinhos discos da Orfeu como bases para os pratos. Partia-me o coração.
Usar discos de vinil como decoração está na moda. Isso não é bom gosto. É como dar pérolas a porcos.
Imagem via David Byrne Journal. Se não sabem quem ele é não merecem viver, só sobreviver. Há concerto em Abril no Coliseu de Lisboa.
Titulo do post: "Pigs in zen" dos Janes Addiction (1987). Aqui em mp3 ao vivo em 2008.

Hi, how are you.

Neste post falei de Daniel Jonhston, do seu génio e dos diabos que o atormentavam. Um dos seus fãs foi Kurt Cobain, que há muitos anos usava uma t-shirt com a capa de uma das suas famosas cassetes.
Ao fim de tantos anos de colecção de t-shirts finalmente apareceu a oportunidade de ter uma igual a Cobain. Acresce o facto de ter conhecido a música por detrás de tudo isto e ter ficado um fã da simplicidade, e inocência, da escrita de Daniel Johnston.
A t-shirt chegou hoje dos US directamente da Worn Free (que descobri no Stereogum).
Kurt já morreu há muito tempo. Daniel está cada vez mais insano. E tudo isto só acrescenta ao valor sentimental que a mensagem de uma simples t-shirt pode ter. Um clássico.

Lucky, lucky. You're so lucky

Ontem estávamos a ouvir Otis Redding na varanda enquanto pensava em como era difícil que as coisas corressem ainda melhor. Cantam os Franz Ferdinand: "Lucky, lucky. You're so lucky".

Otis Redding - Respect (ao vivo em Londres, 1967)

domingo, 22 de março de 2009

Trazias o cabelo aos ombros, passeando de cá para lá como as ondas do mar

Há dias que nunca deviam acabar. Há noites que nunca deviam clarear. Há sonhos que nunca deviamos abandonar. Há ilusões que nunca deviamos perder. Há pessoas que nunca vamos deixar.

Sara Lov - My body is a cage (versão dos Arcade Fire). Esta já aqui apareceu antes mas agora vem mesmo a calhar.

quinta-feira, 19 de março de 2009

I found a home in your eyes. We'll never be apart.

Como 99% dos homens não domino bem o conceito da cor fucsia. Algum homem sabe bem o que é na verdade? Duvido. E eu sei lá se se escreve assim. Sei que ficavas bem de fucsia. Ficavas bem de qualquer forma.
A Tânia, que vive comigo, não gostou muito de Bat For Lashes. Houve esta música outra vez e reconsidera. Já agora aguardo mais pipocas. Acompanhadas de cerveja claro.
E vocês o que acham desta canção? Eu gosto muito. Lembra-me The Cure, período Seventeen Seconds.
Bat For Lashes - Daniel (Two Suns, 2009)

terça-feira, 17 de março de 2009

Coisas que soam bem... (VIII)

no meu Vestax portátil.Hoje chegou o último disco de estúdio dos Radiohead que me faltava.
Mais uma "Balcony Session"...
Já não ouvia "Thinking about you" há muito tempo. É sempre um prazer.

segunda-feira, 16 de março de 2009

28 de Abril.

Dia Mundial do "Não me ligues hoje, vou ouvir o novo disco do Dylan".

I guess I just wasn't made for these times

Hoje ouve Beach Boys e Sam Cooke na varanda. Balcony Sessions como se chamaria se fosse no CCB ou na Casa da Música. Nada como me sentar no chão a mudar os discos e a fumar o meu cigarro.
De uma forma muito estranha sentia-te aqui comigo. Estavas a ouvir God Only Knows pela primeira vez e adoravas. Tanto como eu adoro.

The Beach Boys - God Only Knows (Pet Sounds, 1966)
The Beach Boys - I Just Wasn't Made For These Times (Pet Sounds, 1966)
Sam Cooke - A Change Is Gonna Come (single, 1964)

sábado, 14 de março de 2009

Be my baby

Parecias uma Ronette, ou alguém saido de um daqueles girl groups dos anos 60. A pista de dança estava vazia e nós dançavamos sozinhos ao som de "When I'm 64".
Começava a ser dificil estar ao teu lado sem me atrever a um beijo. Foi especial.
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The night we met I knew I needed you so
And if I ever had the chance I'd never let you go
Be my, be my baby

The Ronettes - Be my baby (1963). Talvez uma das melhores músicas de sempre.
The Shangri-Las - Out in the streets (1965)

sexta-feira, 13 de março de 2009

I wanna love you every day.

OK. É 1h30 da manhã e tenho que acordar cedo. A culpa é do Tchuba. Ele ainda tá nos Nacionais, eu tou nos Olímpicos. Mas estas musicas bónus dos YYY's são lindas. Amoleceriam o Adolf Hitler.
Será que amanhã estás à espera de mim como eu vou estar de ti? Espero que sim.

Os YYY's bónus estão aqui. Vale a pena o download.

terça-feira, 10 de março de 2009

So many miles and so long since I’ve met you

Hoje ouviu-se Dark Was The Night. A ultima compilação da Red Hot Organization. Estava uma noite quase de verão. Havia uma última cerveja e um cigarro. Há discos que parecem ser feitos para o vinil. E este é um deles.
Não há nada como ter o gira-discos a pilhas na varanda e passar uma hora a ver a luz do Hotel Embaixador a cintilar como a lua. Só que azul.
Ok, pode não parecer muito romântico mas foi um momento de relaxe.
Esta foto é da minha arca do tesouro aqui em Lisboa (cheia de discos) e ao lado o meu Vestax portátil. Na foto pode ver-se Love Is Theft de Ryan Adams, Talking Heads e a caixa de singles dos Smiths. No canto Jack Kerouac e On The Road.

segunda-feira, 9 de março de 2009

I'm breaking my arms around the one I love.

Quando nos preocupamos demais com a vida perdemos momentos importantes. Por isso tento não pensar demasiado nas coisas más. Mas admito que é dificil sair daqui pela enésima vez. Mais comboios e metros que parecem nunca acabar.
Mas é bom pensar que lá também pode existir algo mais do que um quarto e uma secretária. A seu tempo.
Entretanto ouve-se Fleet Foxes, Bon Iver, Cat Power, The National, Jenny Lewis e tudo o que combine com a noite que vejo da janela deste comboio.
Não tarda nada volto. Espera por mim.

quinta-feira, 5 de março de 2009

(500) Dias de Verão

Toda a gente usa aquele chavão: "A minha vida dava um filme". Mas cá dentro eu sabia que tinha material para um bom argumento.
Mas primeiro os factos verídicos:
- Rapaz trabalha num escritório e usa gravata
- Rapaz ouve Smiths nos seus headphones
- Rapaz veste t-shirt do Unknown Pleasures
- Rapaz apaixona-se por rapariga no escritório onde trabalha
- A coisa corre mal (parece que corre, afinal este é só o trailer)
A ficção:
- A rapariga gosta dos Smiths
- A rapariga é a Zooey Deschanel

O filme chama-se (500) Summer Days. Eu não sou o rapaz. Tu não és a rapariga. Esta vida não é um filme de amor (mas devia ser).

(aparentemente isto aparece cortado no blogger. Façam right-click e fullscreen)


terça-feira, 3 de março de 2009

Vienes quemando la brisa, con soles de primavera, para plantar la bandera con la luz de tu sonrisa.

Obrigado pelas reacções ao último post. Admito que gosto de ler comentários. Mais quando assim não o esperava.
Hoje ficam aqui algumas amostras dos discos que mais têm estado a "rodar" entra a Rua da Sociedade Farmacêutica e a Avenida Liberdade. São 10 minutos diários que dão para descobrir coisas novas ou então ouvir pela centésima vez esta música dos National ou aquela dos YYY's. Tem um bocadinho de tudo. Rock, pop, folk, punk e Beirut (Beirut é uma categoria em si mesmo).
Hoje estive a noite toda a discutir com um amigo se Cuba era, ou não, uma democracia. Eu achava que não. Mas foi interessante ouvir pontos de vista discordantes. Há quem ache que eu sou de direita (os de esquerda). Ou de esquerda (os de direita). Acho que acima de tudo sou um defensor de liberdades.
Desta compilação só isto vos posso dizer: podem gostar, podem detestar, podem até comentar se quiserem. São livres todos os dias pelo menos 5 minutos? Isso é que importa.

Fanfarlo - Ghosts (Reservoir, 2009)
Beirut - The Akara (March of The Zapotec, 2009)
Russian Red - Cigarretes (I Love Your Glasses, 2008)
Beck - Leopardskin Pilbox Hat (Warchild Heroes, 2009)
Lily Allen - Straight To Hell (Warchild Heroes, 2009)
Black Lips - Short Fuse (200 Million Thousand, 2009)
Ben Lee - Kids (cover dos MGMT, 2009)
Florance And The Machine - Postcards From Italy (cover de Beirut, demo)
Todas as músicas aqui num zip (35mb)

segunda-feira, 2 de março de 2009

I just called to say I love you

Se calhar foram essas as palavras que Obama disse a Stevie Wonder quando lhe entregou o Gershwin Award.
Pode parecer um pouco estranho para alguns dos leitores, mas na minha biblioteca de cd’s algures encontram-se alguns dos melhores discos de Wonder. Particularmente o seu período de ouro nos anos 70. Falo de Talking Book, Innervisions, Fulfillingness' First Finale, Songs in the Key of Life. O som que Stevie Wonder faz é realmente impressionante, e a tudo isso junta-se uma notável capacidade para escrever letras sobre temas tão complexos como a tensão racial e a decadência urbana na América, ao mesmo tempo que fala de relações e de amor. "E é tão difícil dizer amor". Até me deu um calafrio a escrever a palavra.
Para perceberem bem quem é Stevie Wonder, e por que a sua musica é bem mais do que o sofrível “I just called...”, não há como ouvir muitos discos. Deixar cair todos os preconceitos e deixar-se levar. Não é incompatível gostar de LCD Soundsystem, Pistols, Dylan e Stevie Wonder. É acima de tudo uma questão de atitude. Não gosto de bandas, nem de movimentos, nem de períodos. Gosto de música.
Stevie Wonder não é só um ícone. É um artista para se levado a sério.


Stevie Wonder - Higher Ground e Superstition (ao vivo em '07)

domingo, 1 de março de 2009

Turbo Junkie

Quem me conhece sabe que gosto da música de Pete Doherty. Aproxima-se o lançamento do seu primeiro álbum a solo, Grace/Wastelands. A julgar pelo primeiro single não será um grande inversão de estilo. O facto de Graham Coxon se encarregar das guitarras é também mais um ponto a seu favor.
Lembrei-me do titulo para o post porque no outro dia o Rafa encontrou na minha colecção de vinil a velhinha compilação Distorção Caleidoscópica. Aquilo saiu em 1992. Bandas como Cães Vadios, Tina and the Top Ten, Turbo Junkie e por aí fora.
Não há ninguém tão junkie como o Pete. Não há ninguém que roube os Kinks e os Smiths tão descaradamente. Mas o rapaz vai-se safando em ambos os casos.

Peter Doherty - The Last of the English Roses (single, 2009)