segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Agora sim estou destroçado e com vontade de me atirar de uma qualquer janela.

Um guilty pleasure meu é ler o site do Perez Hilton. Go figure. Mas desta noticia não estava à espera. Ela é linda e levava-me com ela para o Burkina Faso. Ele faz uns discos geniais.
E eu estou para aqui perdido em Lisboa... Life sucks sometimes...

I’m throwing my arms around all of Paris because only stone and steel accept my love.

Enquanto não apareces... escrevo sobre a nova canção de Morrisey. Neste blog já falei várias vezes sobre os Smiths. Esta é saída do álbum a publicar em Fevereiro. É genial, como a maior parte do seu output.
O concerto em Paredes de Coura foi curto, mas em Benicassim esteve no seu melhor. Os Smiths talvez não se voltem a juntar, Johnny Marr está a gravar com os The Cribs (!!!), mas é uma banda que tocou de forma especial qualquer jovem sem vida social nos anos 80. E sim, Morrisey é um egocêntrico.
Morrisey - I'm Throwing My Arms Around Paris (versão com baixa qualidade sonora)

domingo, 28 de dezembro de 2008

She looked at him and he felt a spark tingle to his bones.

Este período não foi muito dado a posts. Tava longe e não sabia o que escrever. Sábado foi dia de ficar em casa. Pela terceira, ou quarta vez, vi I'm Not There.
Esta é a musica que acompanha o divórcio das personagens de Heath Ledger e Charlotte Gainsbourg. É também de um dos meus discos favoritos de Dylan.

Bob Dylan - Simple Twist Of Fate (NY Sessions Bootleg, 1975)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Boys don't cry

I would break down at your feet
And beg forgiveness
Plead with you
But I know that It's too late
And now there's nothing I can do
Pelo menos foi o que ouvi, e cantei, a minha vida toda. Mas não é verdade.
Erlen Oye - Boys don't cry (cover dos Cure obviamente)
Ryan Adams - Cry on demand (Demolition, 2002)

Woke up on the roadside, daydreamin' 'bout the way things sometimes are.

I'm not the one you want, babe
I will only let you down.
You say you're lookin' for someone
Who will promise never to part,
Someone to close his eyes for you,
Someone to close his heart,
Someone who will die for you an' more,
But it ain't me, babe,
It ain't me you're lookin' for, babe.
Amanhã volto a casa. Para o Natal. Para esquecer quem sou e reinventar-me sem ti. Mais triste. Mas sem a frustação de estar apaixonado por ti e não te vêr.
Bob Dylan - It ain't me, babe (Another Side of Bob Dylan, 1964)

domingo, 21 de dezembro de 2008

I won't fuck us over, I'm Mr. November.

Acordo com a claridade da manhã a entrar pelo quarto. Ponho Alligator a rodar no gira-discos. Arrumo o vinho e o vinil de Bon Iver com que adormeci na noite anterior. Fumo um cigarro e faço um café. Mais um dia a enganar o tempo. Mais um dia a enganar-me a mim mesmo. Acho sempre que somos possíveis. Mas na verdade não somos.

We'll take ourselves out in the street
And wear the blood in our cheeks like red roses
We'll go from car to sleeping car
And whisper in their sleeping ears
We were here, we were here
We'll set off the geese of Beverly Road
Hey, love, we'll get away with it
We'll run like we're awesome, totally genius

The National - The Geese of Beverly Road (Alligator, 2006)
The National - Mr. November (Alligator, 2005)

sábado, 20 de dezembro de 2008

Maybe I will never be all the things that I want to be.

Maybe I just don't believe.

It was nice being in your life. Even if it was just for a second.

To hell with heartbreak. We'll get drunk with cheap wine.

Em '82 os Gang of Four cantavam "To hell with poverty, we'll get drunk with cheap wine". Muito comunistas na altura. Vi-os em Paredes de Coura há três anos na tour de reunião. Genial. Acho que ninguém mais gostou mesmo.
Hoje adapto esta mensagem que promove o esquecimento deliberado de todas as preocupações, e desgostos, em favor de um tinto do Minipreço. Uma cena tipicamente inglesa como se poderá perceber.
Gang of Four - To Hell With Poverty (Another Day/Another Dollar EP, 1982)

It's me versus you alone. We'll tag team, double up.

Está uma manhã fria e estou meio doente a ouvir Made in the dark dos Hot Chip. E a pensar em ti claro. Quem diria que uma canção sobre wrestling poderia ser uma das melhores do ano. Muito nonsense mas que causa dependência a curto prazo. Como as nossas conversas.

Hot Chip - Wrestlers (Made in the dark, 2008)
Hot Chip - Made in the dark (Made in the dark, 2008)

Hot Chip & Peter Gabriel - Cape Cod Kwassa Kwassa (brilhante versão dos Vampire Weekend)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Coisas que soam bem... (IV)

Anger can be power

Dia 22 faz 6 anos que Joe Strummer morreu. A (mais do que provável) reunião dos Clash nunca aconteceu. Ficam os discos para nos lembrar que é possivel fazer história e musica ao mesmo tempo.
Curiosamente, as imagens desta revolta de Atenas lembram-me sempre os Clash. "White Riot I wanna a riot".

The Clash - Kosmo Vinyl Introduction (Live at Shea Stadium, 2008)

The Clash - London Calling (Live at Shea Stadium, 2008)

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

That's great, it starts with an earthquake, birds and snakes, an aeroplane.

É bom quando um dia nos corre bem em todas as frentes. Fica-se satisfeito e ouve-se Document dos R.E.M..
Estas guitarras de Peter Buck são sempre clássicas, animadoras e indie. Tudo ao mesmo tempo.

R.E.M. - It's The End Of The World (and I feel fine) (Black Sessions, 2001)

Coisas que soam bem... (III)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Coisas que soam bem... (II)

If I get old, remind me of this: That night we kissed, I really meant it.

Não sei porquê esta separação repentina. Fui eu que a suscitei? Confundes-me. E mesmo assim não paro de pensar em ti.

Radiohead- A Reminder (Airbag/How Am I Driving? EP, 1998)

domingo, 14 de dezembro de 2008

Coisas que soam bem...

However far away I will always love you

Finalmente acordo e vejo o sol da manhã. Estes fins-de-semana sem limites vão ser o meu fim. Abro a janela e puxo de um cigarro. Blue Valentine de Tom Waits roda no gira-discos. É bom estar sozinho para arrumar ideias mas ao fim de algum tempo há coisas que fazem falta.
Nas ultimas semanas tenho andado diferente. Mais escondido. Começo a acusar alguma pressão e responsabilidade. Esta vida boémia também não ajuda nada.
Ontem acabei por ficar a ouvir alguns vinis antigos que aqui tenho. Horses da Patti Smith... Billy Bragg... There's a Riot Goin' On de Sly and The Family Stone... Blonde on Blonde...
Hoje é um bom dia para assentar definitivamente a cabeça nos ombros e curar aquele vinho tinto barato.
Patti Smith - Gloria: In Excelsis Deo / Gloria (Horses, 1975)

sábado, 13 de dezembro de 2008

Words can never make up for what you do

Outra pérola da La Blogotheque. Merci beaucoup.

Heaven is waiting on down the tracks

If you're ready to take that long walk
From your front porch to my front seat
The door's open but the ride it ain't free
And I know you're lonely
For words that I ain't spoken
But tonight well be free

Thunder Road é uma melhores canções de Bruce Springsteen. Um músico que aos poucos tenho vindo a descobrir. Sim, gostei de Dancing In The Dark quando tinha 7 anos como toda a gente. Ainda tenho o vinil de Born In The USA da altura. Mas de há algum tempo para cá ouvir Born To Run é uma experiência diferente. Como Nebraska e Darkness On The Edge Of Town. São muitas estradas percorridas e muitos amores impossíveis.
Esta versão é de Badly Drawn Boy. Lembro-me de o ir cumprimentar quando tocou num Sudoeste há uns anos. Ele gostou duma t-shirt que tinha na altura. Talvez a do OK Computer. Muito simpático e mesmo debaixo daquele sol abrasador nunca tirou o seu gorro de lã.

Badly Dran Boy - Thunder Road (cover de Bruce Springsteen duma compilação da revista Uncut))

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Close your eyes, close the door. You don't have to worry any more.

Hoje estou gelado aqui em Lisboa a ouvir a minha interminavel colecção de vinil do Bob Dylan. "Where are you tonight sweet Marie?" canta ele. Eu sei onde estás. Queria que estivesses comigo. Podiamos estar a aquecer os nossos corações despedaçados.
Esta musica que aqui ponho era a minha intenção. O meu desejo. Mas de boas intenções está o Inferno cheio.

Bob Dylan - I'll be your baby tonight (John Wesley Harding, 1967)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

All your love is gone. So sing a lonely song.

Tenho andado meio perdido do blog. As minhas desculpas. Às vezes há outras coisas que no atormentam e temos que lidar com elas. Outras é mesmo a preguiça claro.
Hoje chegou a caixa de singles dos Smiths em vinil. Mesmo a calhar. Está um tempo chuvoso, estou enterrado em trabalho, estou para aqui sozinho e ando desencontrado com ela. Tudo factores que conferem uma certa áurea depressiva à minhas horas em Lisboa.
Até me sinto incompreensivelmente confortável assim. A solidão sempre foi um casaco que me assentou bem. As vezes estou no meio de multidões mas com a cabeça noutro sítio. E ninguém nota.
Ontem passei por um blog com uma colectânea de versões dos Cure. E estava lá Catch a minha música favorita. Ouvia-a quando tinha 12 anos. O meu primo ofereceu-me a cassete de Hot Hot Hot. Que grande disco!
Dedicava secretamente esta canção a todas as minhas paixões juvenis. Esta e Lover Her Madly dos Doors. Nessa altura era tudo mais simples. Jim cantava "Don't you love her as she's walking out the door". E eu imaginava-a a sair da sala de aula sem sequer olhar para mim...
Complicamos a vida um pouco por cada minuto que envelhecemos. E a minha é complicada o suficiente. Imagino o Manuel de Oliveira que faz hoje 100 anos.
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Devics - Catch (Just Like Heaven - A Tribute, 2009)
The Doors - Love Her Madly (L. A. Woman, 1971)
Bónus: Julie Peel - A Night Like This (Just Like Heaven - A Tribute, 2009)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Your photograph in my head. Always.

A Pitchfork editou mais uma lista das fotos do ano no mundo da música. Sem dúvida que 2008 ficou marcado pela envolvência política de vários artistas nas eleições americanas. Bruce Springsteen, Jay-Z, Thom Yorke são evidentemente figuras que fazem parte desta lista.
Note-se a digna excepção dos Rage Against The Machine, que fieis a si próprios, continuaram a ser contra tudo e contra todos. É bom também haver não-alinhados.
As fotos todas estão aqui.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Your love will be safe with me (II)

Hoje fiquei meia hora a ver-te ir embora. Tava a chover e só te queria nos meus braços mais um pouco. Parecia uma cena de um filme.
Depois encontrei o vinil do Bon Iver e sabia que não era meu. É teu. É o que ouço a pensar em ti. E agora vai selar o nosso encontro.

"apetecia-me pegar em ti... e levar-te para las vegas...
casar contigo numa capela com o Elvis"

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

You're the book that I have opened

And now I've got to know much more
The curiousness of your potential kiss
Has got my mind and body aching
Hoje chegou Blue Lines dos Massive Attack. Estas musicas são todas pra ti. Aliás, tudo o que faço é a pensar em ti.

Massive Attack - Unfinished Sympathy (Blue Lines, 1991)
Massive Attack - Safe From Harm (Blue Lines, 1991)
Massive Attack - Protection (Protection, 1994)
Massive Attack - Teardrop (Mezzannine, 1998)
You can free the world, you can free my mind
Just as long as my baby's safe from harm tonight

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Drowning in the sea of love...

Sim, há dias em que a loucura se apodera de nós. Pensava que era mais forte e que aguentava tudo isto. Mas não foi bem assim. Não te quero magoar.
A
Stevie Nicks consegue escrever as musicas mais lindas sobre corações aos pedaços e amores longínquos. Mesmo a calhar.

Fleetwood Mac - Dreams (Rumours, 1977). '77 foi um ano de nascimentos importantes...
Fleetwood Mac - Sara (Tusk, 1979)
Fleetwood Mac -
Landslide (Fleetwood Mac, 1975)